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Tráfico no Alemão copia milícia e impõe taxas para funcionamento de empresas

Prática comum dos milicianos estaria sendo aplicada por Édson da Fazendinha

Por Mario Hugo Monken em 31/07/2019 às 11:41:48

Foto: Reprodução

O tráfico na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, atuava nos moldes de uma milícia. Segundo uma investigação da Polícia Civil, os criminosos teriam passado a cobrar taxas para que as empresas pudessem trabalhar na localidade. Além disso, teriam exigido a realização de serviços por elas para o fomento do tráfico.

A quadrilha se utilizava de circuito interno de TV para filmar a favela. Dois soldados do tráfico que participavam do esquema foram flagrados instalando cabos de CFTV em um poste e acabaram presos.

Três bandidos foram denunciados, entre eles o chefe do tráfico no local, Édson Francisco da Silva, o Édson da Fazendinha, que permanece foragido. É oferecida pelo Disque Denúncia uma recompensa de R$ 1 mil pela sua captura.

Um dos bandidos que estava na cadeia, no entanto, acabou solto porque a Justiça alegou que, uma vez em liberdade, o acusado não colocaria em risco a ordem pública. A do outro, porém, teve o pedido de soltura rejeitado.

Ataques contra policiais

Outros traficantes que atuam na Fazendinha respondem a um processo na Justiça por dez homicídios qualificados. Eles desferiram diversos disparos de arma de fogo contra as vítimas, policiais militares, que, segundo as informações contidas nos autos do inquérito, participavam de uma operação policial no local. 

Um dos bandidos envolvidos neste caso é o de vulgo Careca, que tem recompensa pedida pelo Disque Denúncia no valor de R$ 1 mil.

Apontado como um dos chefes do tráfico na Vila Kennedy, na Zona Oeste da capital, Leonardo Farinazo Pampuri, o Léo Barrão, se utilizaria da Fazendinha como um de seus esconderijos. Ele foi condenado neste ano acusado de efetuar disparos de arma de fogo contra dois PMs quando eles estavam em patrulhamento de rotina na Fazendinha.

O crime não se consumou pois as vítimas não foram atingidas. Barrão pegou uma pena de sete anos, dez meses e 15 dias. O Disque Denúncia pede R$ 2 mil para quem ajudar com informações que levem a sua prisão.

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