Intolerância política vira caso de polícia no Rio de Janeiro

Na última quinta-feira (1), o relato de Aline Soli, no Facebook, chamou a atenção para mais um caso de intolerância no Rio de Janeiro. O fato envolveu a filha de Aline, Isabella Pinheiro, 18, que segundo ela, foi agredida em uma unidade da rede de academias Body Tech, no bairro de Botafogo, na Zona Sul carioca.

“Minha filha de 18 anos foi violentamente espancada hoje por uma mulher de 55 anos, dentro da Academia Body Tech, em Botafogo. O "motivo"? A intolerância política. Dentro do vestiário, a mulher gritava palavras em apoio ao Bolsonaro e minha filha, estudante de Ciências Políticas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, ao manifestar sua opinião política contrária à da mulher, foi covardemente agredida", relatou a mãe em um post na rede sociak.

Ainda de cordo com Aline, a agressora se chama Heloiza Tavares Fontanet. Ela esperou a jovem sair do vestiário e a surpreendeu pelas costas 

"Jogou na parede e deferiu, entre socos e tapas, várias garrafadas em sua cabeça. Tudo, porque Heloisa não aceitou que a minha filha discordasse da sua opinião.
Body Tech Botafogo, espero que a Sr. Heloisa seja banida da Academia e proibida de frequentar qualquer outra unidade da rede. Essa louca, criminosa, intolerante, mataria minha filha se estivesse armada e se a amiga da minha filha e os funcionários da Academia não tivessem tirado essa psicopata de cima dela" escreveu.

Aline também informou que o caso foi registrado na Delegacia de Botafogo e que a filha foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de corpo delito .

"Aguardo posicionamento formal da Academia. Essa mulher não pode voltar as dependências da Body Tech, pois poderá agredir ou até matar outras pessoas q discordarem do seu ódio, mascarado de posicionamento político. Precisamos banir esse tipo de pessoas do convívio da sociedade doente em que vivemos. NÃO FOI APENAS LESÃO CORPORAL! FOI CRIME DE INTOLERÂNCIA!", concluiu a mãe da vítima.

A reportagem do Portal Eu,Rio! entrou em contato com a assessoria da Body Tech para tentar esclarecer os fatos. Em nota oficial, a empresa afirmou que repudia qualquer tipo de violência e que, no caso em questão, está prestando todo o suporte necessário.

O Eu,Rio! também tentou entrar em contato com Heloiza Tavares Fontanet, a suposta agressora. Contudo, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. De acordo com a 10ª DP Botafogo o caso, a princípio, foi registrado como injúria e lesão corporal. Câmeras de vigilância foram pedidas para se apurar a materialidade do fato.?