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Crise econômica reduz consumo de energia no Brasil

A baixa demanda pode limitar a expansão da energia renovável no país.

Por Anderson Madeira em 07/08/2019 às 21:33:49

A baixa demanda pode limitar a expansão da energia renovável no país. Foto: reprodução

A crise econômica enfrentada pelo Brasil não tem afetado apenas o consumo de bens como vestuário, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, entre outros, como também o de energia primária, a que é encontrada na natureza e pode ser usada após transformada, como petróleo, gás e carvão. Segundo o Anuário da Indústria de Petróleo, divulgado nesta quarta-feira (7) pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), no Rio.

Se até 2016 a média de consumo de óleo apresentava uma média de crescimento de 2,5% ao ano, em 2018 observou-se um crescimento de 2 milhões de óleo equivalente, representando uma alta de 1,3% em relação a 2017, quase a metade da média registrada nos dez anos anteriores. Além disso, a participação dos hidrocarbonetos (petróleo, gás e carvão) atingiu o nível mais baixo em seis anos. Os dados do Anuário foram baseados no estudo BP’s Statistical Review Of World Energy 2019.

A gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Karine Fragoso, explicou que esse resultado na demanda está relacionado à crise econômica do país.

“A retração econômica diminui a demanda por energia. Na medida em que volta a crescer a economia, volta também a aumentar a demanda energética”, apontou a pesquisadora, acrescentando que a indústria está construindo uma matriz energética renovável para dar conta da demanda quando a economia melhorar.

Segundo ainda o Anuário, a baixa demanda pode limitar a expansão da energia renovável no país. A geração de eletricidade está estável desde 2014. No mundo,
as fontes de energia renovável como solar, eólica e geotérmica, correspondem a apenas 1,6% da matriz energética mundial. Somada a participação da energia hidráulica e da biomassa, essa participação chega a 14%. Já petróleo e carvão vegetal representam 62%.

No Brasil, as fontes renováveis representam 42,9% da matriz energética, já que o país conta com derivados da cana de açúcar e outras fontes chamadas “verdes”.
A Firjan apontou, no entanto, que se as “politicas, tecnologias e preferências sociais evoluírem de forma consistente com as tendências recentes”, o consumo de energia no Brasil deve aumentar 2,2% ao ano, acima da média global.

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