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Musical sobre Belchior estreia em Copacabana

A peça fará sua terceira temporada na Sala Municipal Baden Powell

Por Jonas Feliciano em 08/08/2019 às 14:51:56

Imagem: Divulgação

Nesta sexta-feira (9), estreia pela primeira vez na Zona Sul, o musical "Belchior: Ano Passado Eu Morri, Mas Esse Ano Eu Não Morro". A peça fará sua terceira temporada no Rio de Janeiro. Desta vez, na Sala Municipal Baden Powell, na Avenida Nossa Senhora Copacabana, entre os dias 09 de agosto e 1 de setembro. Todas sextas-feiras e sábados, a partir das 20h e, nos domingos, às 19h.

O espetáculo conta a juventude de Belchior por meio de uma dramaturgia formada por trechos de entrevistas do próprio cantor. Entrelaçado aos seus pensamentos acerca de um mundo desconcertado, o público também acompanha a apresentação de diversas fases da vida do artista.

Em cena, o ator e cantor Pablo Paleologo dá vida ao cantor cearense, enquanto o ator Bruno Suzano interpreta o Cidadão Comum, um personagem recorrente nas canções de Belchior e de alguma forma seu alter ego.

Acompanhando os dois atores, o musical ainda conta com a participação de uma banda ao vivo composta pelos músicos Dudu Dias (baixo), Cacá Franklin (percussão), Emília B. Rodrigues (bateria), Mônica Ávila (sax/flauta), Nelsinho Freitas (teclado), Rico Farias (violão/guitarra). Juntos, eles tocam 15 músicas ao vivo e presenteia a plateia com canções marcantes da carreira de Belchior entre elas "Alucinação", "Apenas Um Rapaz Latino Americano", "A Palo Seco", "Na Hora do Almoço", "Todo Sujo de Batom", "Coração Selvagem", "Medo de Avião", "Mucuripe" , "Conheço o Meu Lugar" e outros sucessos.

"Belchior: Ano Passado Eu Morri, Mas Esse Ano Eu Não Morro" marca o resgate de Antonio Carlos Belchior, trazendo a tona seu discurso ainda atual em relação a política brasileira. Afinal, ele acreditava na força do amor e na potência transformadora da arte na vida das pessoas.

O musical conta com a direção de Pedro Cadore, diretor do longa-metragem "B.O.". Pedro também assina a organização de textos ao lado de Cláudia Pinto. O espetáculo vai além de uma biografia, ele pretende mostrar ao espectador a filosofia de um dos ícones mais misteriosos da Música Popular Brasileira.

Um rapaz latino-americano

Imagem: Divulgação

O cantor e compositor Belchior nasceu dia 26 de outubro de 1946, em Sobral, norte do Ceará, e já no início da década de 70 veio para o eixo Rio-São Paulo tentar emplacar suas canções em festivais de música. Seu sucesso inicial aconteceu quando a cantora Elis Regina interpretou duas de suas músicas em seu espetáculo "Falso Brilhante": "Velha Roupa Colorida" e "Como Nossos Pais".

Ele faleceu há dois anos, mas seus últimos dez anos de vida já foram de quase silêncio total para a mídia, com raras notícias, entrevistas ou shows.

Na primeira temporada, no Teatro João Caetano, os filhos do homenageado, Camila e Mikael Henman Belchior assistiram ao espetáculo e comentaram o quão emocionante foi a experiência:

"Nos emocionamos em ver uma produção sobre a obra do nosso pai tão alinhada com a proposta artística dele. O foco nas palavras de Belchior, tanto de músicas quanto de entrevistas, enaltece o compromisso do espetáculo com a filosofia do artista. Desejamos vida longa ao musical "Ano Passado Eu Morri, Mas Este Ano Eu Não Morro" e que ele alcance o Brasil inteiro. Parabéns a todos pelo lindo trabalho e empenho, que tenha sido a primeira temporada de muitas por vir!", afirmaram.

Vale destacar que a peça é uma produção de João Luiz Azevedo. Nos dias 23, 24 e 25 de agosto, o grupo vai estar em Sobral, cidade natal de Belchior. A primeira apresentação será no Theatro São João, no dia 23 de agosto e, nos dias 24 e 25, em Fortaleza, no Theatro José de Alencar.

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