Manifestantes fecham aeroporto internacional de Hong Kong

Autoridades de Hong Kong decidiram cancelar todos os voos nesta segunda-feira (12), após cera de 5 mil manifestantes invadirem o principal terminal de passageiros do Aeroporto Chek Lap Kok, o oitavo mais movimentado do mundo.

"A informação que recebi antes de chegar era de que no terminal de passageiros do aeroporto havia mais de 5 mil manifestantes", afirmou Kong Wing-cheung, superintendente do departamento de Relações Públicas da polícia local.

Hong Kong é uma ex-colônia britânica, que foi devolvida para a China em 1997. Atualmente é uma Região Administrativa Especial da China, com suas próprias leis e governantes, por isso, goza de maior liberdade social e econômica. No entanto, a pequena ilha conhecida por um dos maiores centros financeiros do planeta, está à beira do caos após milhares de manifestantes tomarem as ruas nos últimos meses.

A revolta da população local se deu devido à uma controversa lei de extradição que, na prática, permitiria que a China exigisse que Hong Kong extraditasse para o país comunista, qualquer pessoa, seja ela chinesa ou honconguesa.

Os manifestantes pedem a renúncia da chefe do executivo local, Carrie Lam, além de eleições gerais e não promulgação da lei de extradição.

Até agora, a China continua apoiando Carrie Lam, em meio a temores de que possa instalar soldados baseados no território se a situação não for controlada. De acordo com Pequim, há sinais de terrorismo nas manifestações. De acordo com o jornal Global Times, a Polícia Armada do Povo da China, um braço armado do partido comunista, concentrou um grande contingente na cidade vizinha de Shenzhen.

Desde que as manifestações iniciaram, há dois meses, cerca de 600 pessoas foram presas. Na semana passada, uma jovem médica foi hospitalizada após ser baleada no olho direito. A comunidade internacional pede cautela, tanto para o governo local, quanto para Pequim.