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Traficantes que ofereceram R$ 1 milhão a policiais estão livres

Bandidos são do Jacarezinho e estão de volta ao crime

Por Mario Hugo Monken em 16/08/2019 às 13:03:52

Três traficantes da Favela do Jacarezinho estão livres e voltaram a atuar no crime. Foto: Divulgação

Três traficantes da Favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, que chegaram a oferecer R$ 1 milhão para policiais para não irem presos, estão livres e voltaram a atuar no crime.

Dois deles, Adriano Souza Freitas, o Chico Bento, e Felipe Ferreira Manoel, o Fred, foram presos em 2016 e ofereceram o dinheiro para PMs, mas não tiveram sucesso.

Em 2018, quando estava em regime semiaberto, Chico Bento saiu do Instituto Penal Edgard Costa, em Niterói, no dia 23 de março daquele ano, não mais retornou à unidade prisional e é considerado foragido Justiça.

Já Fred encontra-se na condição de foragido desde 31 de dezembro de 2017, quando recebeu o benefício de Indulto de Natal, do Instituto Penal Edgard Costa, e não mais retornou à unidade prisional.

Sandra Helena Ferreira Gabriel, a Sandra Sapatão, também ofereceu R$ 1 milhão a policiais para não ir presa em 2010 durante a ocupação das forças de segurança no Complexo do Alemão, na Zona Norte, mas os policiais recusaram. Está em liberdade, após cumprir pena. Ela saiu em 11/07/2016, do Patronato Magarino Torres.

Segundo o Portal dos Procurados do Disque Denúncia, os três são suspeitos (sendo Fred e Chico Bento como mandantes) de envolvimento na morte do soldado da Polícia Militar Michel de Lima Galvão, de 32 anos, no Jacarezinho, em 2017. Ele morreu no dia 22 de junho daquele ano após ter sido atingido por um tiro durante um tiroteio no Jacarezinho. Outro militar também ficou ferido na ação. No mesmo confronto com criminosos, outro soldado foi baleado no rosto, mas sobreviveu ao ataque dos traficantes.

Fred foi ainda um dos criminosos identificados como sendo participantes do assassinato do delegado Fábio Henrique da Silva Monteiro, morto no início do ano passado. A investigação concluiu que a autoridade policial foi morta por ordem de lideranças do tráfico no Jacarezinho.

O bandido está sendo processado também por atentar contra a vida de PMs em 2016. Ele e comparsas efetuaram disparos na direção da base Esperança da UPP onde estavam dois PMs que não chegaram a ser atingidos.

Chico Bento e Fred criaram na comunidade uma estrutura de guerra, a partir da utilização de muitos fuzis e orientada ao ataque e confronto sistemático às Forças de Segurança, em atividade de guerrilha urbana, bem sofisticada e bem organizada. Na época das prisões, a PM chegou a dizer que a situação na localidade voltou a apresentar algum aspecto de normalidade, tendo diminuído os ataques reiterados a policiais e que a quadrilha dominada por Adriano foi responsável pela morte de diversos PMs em serviço.

Ambos foram condenados juntos em ao menos em um processo na Justiça pelos crimes de associação para o tráfico de drogas, resistência e corrupção ativa.

O Disque Denúncia está oferecendo uma recompensa de R$ 5 mil para quem prestar informações que ajudem na captura de Chico Bento, Fred e Sandra Sapatão.

Outro membro do tráfico no Jacarezinho caçado pela polícia é Jhonatan Luiz da Silva, o Jhoninha. Ele é suspeito de ter, no dia 11/08/2017, durante uma operação da Polícia Civil para reprimir o roubo de cargas e o juntamente com seus comparsas, Carlos André da Conceição, o Mãozinha ou Bracinho, Wellington de Sousa Macedo, o Caolha ou Cara de Gato e Jefferson Gonçalves da Silva, o Cara de Cavalo, atingir responsáveis no pescoço o agente Bruno Guimarães Buhler, atirador de elite da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), que foi levado em estado grave para o Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos. É oferecida uma recompensa de R$ 5 mil por informações que ajudem na sua captura.

O tráfico no Jacarezinho contaria com cerca de 70 a 80 fuzis, com faturamento mensal entre R$ 600 mil a R$ 1 milhão.


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