Lúcio Pereira, um dos promotores do Ministério Público Estadual do Rio encarregado de investigar o esquema de propinas envolvendo PMs do 9º Batalhão (Rocha Miranda), afirmou que os agentes recebiam quantias de R$ 2 mil até R$ 5 mil de traficantes, mas não sabe precisar o montante total porque não tem conhecimento de quantas semanas ocorreu o pagamento.
Segundo Lúcio, os PMs também negociavam armas com os traficantes e revendiam drogas que eram apreendidas durante operações, mas também não informou a quantidade. Bandidos posaram para fotos armados em frente de viaturas e do blindado da corporação.
O promotor falou que, apesar dos indícios contra os policiais, a Justiça optou apenas por afastar os nove suspeitos da função pública, tirou o porte de arma mas não decretou a prisão preventiva de nenhum deles.
O porta-voz da Polícia Militar, coronel Mauro Fliess, afirmou que a corporação demonstra total intolerância contra casos de desvios de conduta. Segundo ele, os policiais se sacrificam todos dias em busca de resultados melhores.