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Operação Octopus destrói onze pontos de TV clandestina e cumpre 36 mandados contra milícia de Ecko

Chefe do maior grupo paramilitar do Estado, a Liga da Justiça, com tentáculos na Zona Oeste e na Baixada Fluminense, Wellington da Silva Braga, o Ecko, segue foragido

Por Portal Eu, Rio! em 23/08/2019 às 20:50:26

Liga da Justiça, chefiada pelo foragido Ecko, exploração e comércio clandestino de gás, de internet e tv a cabo, transporte público irregular, comércio de cigarros contrabandeados, venda irregular de

A destruição de onze pontos clandestinos de distribuição de sinal de TV a cabo e o cumprimento de 36 mandados de busca e apreensão em territórios dominados pelos milicianos foi o saldo da Operação Octopus, realizada na manhã desta sexta-feira (23/08) em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A operação visava o braço financeiro da milícia comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, a Liga da Justiça, que atua na Zona Oeste e na Baixada Fluminense. O nome (polvo, em inglês) é uma referência aos tentáculos da crescente diversificação de atividades criminosas do bando. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), em parceria com a Polícia Civil, por meio da 56ª DP (Comendador Soares), integrou as ações.

O objetivo da Octopus é cumprir mandados de busca e apreensão contra integrantes do grupo paramilitar que, visando aumentar o próprio lucro, vem ampliando suas práticas criminosas, com exploração e comércio clandestino de gás, de internet e tv a cabo, transporte público irregular, comércio de cigarros contrabandeados, venda irregular de imóveis, extorsão de comerciantes, agiotagem, clonagem de cartões, entre outras. Colaboraram com a operação a Delegacia de Repressão a Organizações Criminosas (Draco) e diversas delegacias do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB). Na véspera (quinta-feira, 22/08), três pessoas do grupo já haviam sido presas pela delegacia de Comendador Soares, sob a acusação de integrarem os negócios clandestinos do bando de Ecko.

As investigações sobre o grupo tiveram início no final de junho deste ano, quando milicianos fortemente armados com fuzis, liderados pelo criminoso Wellington da Silva Braga (vulgo ‘Ecko’), invadiram diversas comunidades de Nova Iguaçu – Grão Pará, Conjunto da Marinha, Pantanal, Dom Bosco, Marapicu – bem como outras localidades que margeiam a denominada Estrada de Madureira. Alguns criminosos que eram integrantes do Comando Vermelho (CV) e atuavam na região, após a chegada dos milicianos, foram recrutados pelos novos invasores e passaram a compor a milícia que atua no local. Os próprios “ex-traficantes” ajudaram os novos comparsas a identificar quem teria envolvimento com o tráfico de drogas e seus familiares. Aqueles que não “aceitaram” ingressar na milícia fugiram do local e se refugiaram na Vila Kennedy, onde há atuação da facção criminosa CV.

Grande parte dos 36 mandados de busca e apreensão foi cumprida no denominado Conjunto da Marinha, financiado pelo Governo Federal e pela Caixa Econômica, com o intuito de beneficiar famílias de baixa renda para adquirirem o primeiro imóvel próprio. No entanto, criminosos expulsaram diversos moradores que tinham a posse legítima dos imóveis e os negociaram com terceiros de forma ilícita. A ação busca identificar os legítimos proprietários e os invasores, além de arrecadar elementos de prova para o inquérito que apura o envolvimento dos síndicos dos condomínios com os criminosos, mediante o repasse de “taxas” exigidas. Foram ainda localizados 11 pontos clandestinos de distribuição de sinal de televisão a cabo, que foram destruídos pelos agentes, que contaram com o apoio de técnicos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

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