"A crise Amazônica falsa é fruto do acordo comercial fechado com a Europa", diz Ministro da Educação

Na última sexta-feira (23), o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, saiu em defesa do Governo Federal em relação às queimadas na Amazônia. Por meio de um post, no seu Twitter oficial, Weintraub afirmou que a crise na Amazônia é falsa e decorrente de um acordo comercial fechado com a Europa.

A opinião do ministro dividiu opiniões. Enquanto alguns usuários apoiaram a sua teoria, outros criticaram o seu post.

"A crise Amazônica falsa é fruto do acordo comercial fechado com a Europa. O lobby dos agricultores europeus reagiu diante da iminente invasão de produtos brasileiros. Isso, combinado com ONGs, esquerda e "artistas", revoltados com o fim da mamata. Podem prejudicar os brasileiros", publicou Abraham.

Provavelmente, o acordo citado pelo ministro diz respeito à aliança comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Uma negociação que se estendeu durante quase duas décadas e prevê uma série de mudanças tarifárias e não tarifárias. Já sobre as ONG's e os artistas, Weintraub relacionou o corte do Fundo Amazônia e as alterações na Lei Rouanet a uma possível motivação para ações criminosas na região. Essa insinuação já havia sido negada pelo presidente Jair Bolsonaro, depois de algumas polêmicas envolvendo esta afirmação.

A deputada federal Samia Bonfim (PSOL-SP) foi uma das pessoas que reagiram a declaração de Weintraub na rede. Para a parlamentar, a crise é decorrente da aliança do governo com os ruralistas.

"Os incêndios são fruto da aliança do governo com o agronegócio. O ministério do meio ambiente atua desde de janeiro para afrouxar as políticas de combate ao desmatamento e ao garimpo. Vocês negavam os dados até semana passada. A mamata que precisa acabar é a de vocês!", escreveu a deputada.

Alguns internautas seguiram a discussão sobre o tema. Veja a seguir: