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Moradores de Santa Teresa fazem ato neste domingo lembrando o acidente do bonde

No próximo dia 27 serão completados oito anos do episódio

Por Anderson Madeira em 25/08/2019 às 09:14:00

No próximo dia 27 serão completados oito anos do acidente do bonde de Santa Teresa, em que seis pessoas morreram e 57 ficaram feridas, devido ao descarrilamento e tombamento de um bonde, em uma curva acentuada, na altura do Largo do Curvelo. Para lembrar o fato, a Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast) promove este domingo série de eventos. A comunidade local luta pelo restauro completo do sistema de bondes, com linha até a Rua Paula Mattos.

Às 11h, haverá missa na Igreja Anglicana Paróquia Santo Apóstolo, na Rua Paschoal Carlos Magno, 95. Das 13h às 16h, ato público no Largo do Guimarães, com cortejo do Guimarães ao Largo das Neves. Às 18h, vai haver ato cultural no Largo das Neves – oito anos sem o bonde -, com a inauguração do Mural do Bonde.

No dia 27, terça-feira, às 18h, será feito um ato inter-religioso no Largo das Neves, com a presença de ministros das crenças religiosas que se manifestam no bairro e a apresentação do coral Encanta Santa. Às 20h, a projeção do filme “Um bonde chamado Santa Tereza”, de Jorge Ferreira, um documentário que mostra a história do bonde na cidade do Rio de Janeiro. Mostra a resistência de moradores e funcionários do bonde, que durante décadas lutaram e continuam a lutar para que os bondinhos não desapareçam. Mostra a importância cultural e a sobrevivência do único patrimônio de transporte coletivo carioca que se mantém presente desde o século XIX.

Em nota, a Amast informou que o governo se mantém em silêncio. “O governo nada diz. Não nos recebeu para reunião, logo tem também nada para dizer. E isso é porque não fez nada nos últimos oito meses. A expectativa é eu o povo vá para a rua exigir a retomada das obras do bonde até o Largo das Neves e a expansão do número de bondes, da jornada diária até às 22h e viagens a cada cinco minutos”, disse o texto.

A retomada está sendo prometida desde janeiro. A obra do trecho entre a Odylo Costa e a parada Dois Irmãos custara aos cofres estaduais R$ 16 milhões, segundo a Secretaria de Estado de Transportes. A passagem custa hoje R$ 20 (moradores cadastrados não pagam).

O transporte circula de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h40 (aos sábados, das 10h às 17h40) e aos domingos e feriados, das 11h às 16h40, entre os largos da Carioca e do França. Já a operação até a Rua Francisco Muratori é feita nos seguintes horários: às 8h e às 15h. De acordo com a Amast, cerca de 10 mil moradores ficaram prejudicados com a falta da Linha Paula Mattos.

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