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Voluntários levam alegria para pacientes do Hospital Rocha Faria

Durante todo o ano, cerca de 140 voluntários realizam ações na unidade

Por Jonas Feliciano em 27/08/2019 às 21:18:06

Imagem: Divulgação

Ser voluntário é doar um pouco de amor e tempo para aqueles que precisam. Além disso, é um trabalho fundamental no apoio psicológico de pacientes e acompanhantes em unidades de saúde, por exemplo. No Hospital Municipal Rocha Faria (HMRF), que é administrado pela RioSaúde, osnpacientes têm a rotina transformada durante todo o ano por ações de seis grupos de voluntários que visitam a unidade levando um pouco de alívio e alegria. Tudo por meio da música, do teatro, da contação de histórias e outras iniciativas do bem. Para muita gente, eles são a única visita.

A humanização nos ambientes hospitalares traz benefícios significativos. Inclusive, não só em relação a redução do tempo de internação, mas também aos desconfortos físicos causados por alguns tratamentos. Essa observação é unânime entre os profissionais de saúde, que também colhem as benesses de um ambiente mais humanizado. Não à toa, as redes de voluntariado crescem dia após dia no Brasil.

Imagem: Divulgação

Atualmente, no Hospital Rocha Faria, são cerca de 140 voluntários que vêm humanizando o espaço hospitalar. O objetivo deles é proporcionar momentos de felicidade em um local que, quase sempre, é marcado pela dor e pela solidão. O trabalho é coordenado por Juliana Mallemont, coordenadora de Recursos Humanos e responsável pelo Centro de Estudos da unidade.

Ela trabalha em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde para implantar os projetos de voluntariado em outras unidades da RioSaúde.

"O objetivo do voluntariado é trazer acolhimento e tornar o ambiente hospitalar mais agradável. Os grupos desenvolvem ações e deixam uma palavra amiga para quem muitas vezes nem recebe a visita de familiares", conta Juliana.

Os palhaços do grupo Servos da Alegria percorrem as enfermarias cantando e brincando com os pacientes e acompanhantes. Seja criança ou adulto, todo mundo participa da brincadeira.

"Proporcionar momentos de felicidade aos pacientes nos deixam revigoradas. É gratificante ouvir de uma mãe que conseguimos fazer o filho esquecer um pouco a dor", revela a agente comunitária e voluntária Sarah Enny.

Na Brinquedoteca da unidade, as crianças também se divertem com as brincadeiras e histórias contadas pelos voluntários. Todos os livros e brinquedos do espaço, que fica no Setor de Pediatria, no andar térreo do hospital, foram doados por funcionários da unidade e comerciantes de Campo Grande.

Voluntária na Brinquedoteca, Ana Lúcia Costa conta que? aprende muito ao trabalhar com as crianças.

"É uma troca constante. A interação com os pequenos pacientes do hospital me dá oportunidade de presenciar muitas histórias. Assim como elas, eu também aguardo ansiosa para as duas horas que passamos juntas toda sexta-feira", conta Lúcia.

Os voluntários do HMRF também se inspiram em ações promovidas em outros lugares para organizar novas atividades. O projeto polvinho, por exemplo, foi inspirado em um movimento que começou em 2013 na Dinamarca. São polvos de crochê, confeccionados por cinco voluntárias. Eles são colocados dentro das incubadoras, junto aos bebês prematuros para ajudar a acalmar os recém-nascidos. Os tentáculos lembram o cordão umbilical e causam a sensação de segurança parecida à do útero materno, o que deixa o bebê mais tranquilo.

Imagem: Divulgação

Os polvinhos são esterilizados antes de serem entregues e a cada sete dias. O hospital recebe cerca de 50 doações por mês e cada bebê leva o seu novo companheiro para casa quando recebe alta. A Maternidade do Rocha Faria realiza, em média, 450 partos por mês. As estatísticas da instituição revelam que, comumente, são 30 bebês prematuros ou com baixo peso que ficam internados e são beneficiados pelo projeto.

Cuidar da aparência dos pacientes também é uma das prioridades dos voluntários. Uma vez por semana, um grupo vai à unidade realizar corte de cabelo, barba e unhas. Além da habilidade com as ferramentas de trabalho, eles encontram tempo para ouvir as histórias de todos e deixarem uma palavra amiga.

"Eles trazem conforto e nos dão mais confiança. Fazem a gente se sentir renovado e preparado para enfrentar o que vier", diz o paciente Sebastião Rodrigues. A técnica de enfermagem Alessandra Alves ressalta que os pacientes aguardam com ansiedade pela chegada dos voluntários. "A gente percebe como esse cuidado especial mexe com a autoestima do paciente, fazendo ele se sentir mais bonito e confiante", ressaltou.

Para ser um voluntário basta enviar um projeto para o e-mail: [email protected], explicando do que se trata, quantas pessoas participam e qual o objetivo.

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