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Doença grave

Diagnóstico precoce é a melhor forma de tratamento para quem sofre de esclerose múltipla

Mais de 40 mil brasileiros sofrem da doença, segundo dados da Federação Internacional de Esclerose Múltipla (MSIF)


Foto: Pixabay

Mais de 40 mil brasileiros sofrem de esclerose múltipla, segundo dados da Federação Internacional de Esclerose Múltipla (MSIF), sendo esta uma doença que não tem cura nem origem determinada. O Dia Nacional de Conscientização sobre Esclerose Múltipla, que foi em 30 de agosto, teve por objetivo chamar atenção para a natureza dessa enfermidade e a importância do diagnóstico precoce.

Segundo o neurologista Flávio Diniz Ribas, que integra o corpo clínico do Hospital Dona Helena, a esclerose múltipla acomete mais intensamente jovens entre 20 e 40 anos, de pele branca, especialmente mulheres, embora também haja casos de idosos. A origem da doença pode estar relacionada a fatores genéticos e ambientais ou à infecção por vírus, mas não há consenso sobre esses aspectos.

A esclerose múltipla é inflamatória e de caráter autoimune, ou seja, é causada pelo próprio sistema de defesa do corpo humano. Flávio Ribas esclarece que a condição ataca e deteriora a bainha de mielina, que auxilia a transmissão e condução dos impulsos nervosos pelos neurônios. Pode acometer qualquer área do sistema nervoso central, criando uma gama diversificada de sintomas, com diferentes graus de severidade, que variam desde visão dupla e fadiga até depressão.

Não é uma doença mental, nem contagiosa, e o tratamento consiste em amenizar as consequências e tornar os surtos menos recorrentes e mais suaves, visando aumentar a qualidade de vida do paciente, reduzir a dor e evitar que afete as tarefas cotidianas. O tratamento pode ser feito com medicações injetáveis ou orais, tanto em casa quanto no hospital, a depender do estágio da doença do paciente, esclarece o neurologista.

Alguns portadores da doença não apresentam sintomas severos durante longo tempo, mas é importante que a esclerose seja diagnosticada e acompanhada para impedir que ataque o paciente com um surto grave ou deteriore a massa cinzenta do cérebro e deixe sequelas. “O diagnóstico é feito com base no histórico clínico do paciente, exame físico e exames complementares, como a ressonância do encéfalo ou da medula”, diz o neurologista, reiterando que o diagnóstico é difícil. O médico explica que o exame de sangue ajuda a descartar outras possíveis doenças.

“Estar ciente dos sintomas, da forma como a doença aparece e progride e mais todos esses outros conhecimentos tornam o paciente mais apto a suspeitar da esclerose e procurar um neurologista para estabelecer um diagnóstico e receber o tratamento adequado”, alerta Flávio Ribas.

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