No próximo dia 7 de setembro, a entidade chama a população para vestir preto, com a A UNE (União Nacional dos Estudantes) está convocando uma mobilização nacional para o dia 7 de setembro. Dessa vez, o ato aconrece em defesa do meio ambiente e contra os cortes na educação e na pesquisa. De acordo com a entidade, essa é a quarta manifestação em defesa da educação em todo país e que nas edições anteriores já levou milhões às ruas, em centenas de cidades, em todos os estados e no Distrito Federal, nos meses de maio e agosto deste ano.
No próximo sábado, devido a grave situação na Amazônia, soma-se a mobilização pela defesa do meio ambiente. A UNE também se mobiliza em resposta aos novos cortes na educação e nas bolsas de pesquisa. Além da tentativa de intimidação nas entidades estudantis com a MP da carteira de estudantes.
"A UNE conclama toda a população a vestir preto e pintar o rosto de verde e amarelo, como fizeram os estudantes no Fora Collor, no início dos anos 90", afirma uma nota oficial da instituição.
O atual presidente da UNE, Iago Montalvão, fez um vídeo explicando a motivação dos atos e criticando as últimas medidas do Governo Federal.
"Bolsonaro quer calar, intimidar e retaliar os estudantes e as entidades estudantis que têm organizado os principais protestos contra o seu governo. Enquanto deveria estar se preocupando com as universidades que não têm dinheiro para funcionar, as bolsas que estão sendo cortadas e a situação triste da Amazônia, onde não há política de preservação ambiental. Mas ele pede a população que vá as ruas de verde e amarelo em defesa da Amazônia, no dia 7. Isso é uma chacota com o povo brasileiro. Nós não podemos aceitar isso. Precisamos ir às ruas, sim. Mas defender a educação. A nossa Amazônia da destruição que esse governo tem operado. Por isso, dia 7, eu vou de preto. Eu luto pela nossa educação e pela Amazônia", afirmou.
Na última terça-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro convocou a população para vestir verde e amarelo, no próximo sábado (7), no Feriado da Independência.
"Lembro que lá atrás um presidente falou isso e se deu mal. Mas não é o nosso caso. É para mostrar ao mundo que aqui é o Brasil. Que a Amazônia é nossa", declarou o presidente.
Vale destacar que o episódio citado por Bolsonaro se refere ao dia 16 de agosto de 1992. Na ocasião, presidente Fernando Collor conclamou os brasileiros para defender o seu mandato ameaçado usando as cores verde e amarelo. Entretanto, o fato ficou conhecido como "domingo negro". Isso porque, o pedido acabou sendo contrariado e centenas de pessoas população saíram às ruas com as caras pintadas e usando roupas pretas.