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PM youtuber vai ao velório da menina Ágatha e agride jovem durante discussão sobre o caso

Policial havia sido afastado das ruas por insubordinação e está a serviço de deputado do PSL

Por Leonardo Pimenta em 23/09/2019 às 23:08:08

Foto: Reprodução

O policial militar Gabriel Monteiro agrediu, neste domingo (22), um jovem organizador do movimento Marcha das Favelas que se encaminhava para o enterro da menina Ágatha Vitória Sales Felix no cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio. Um vídeo publicado no canal do PM, que também é um influenciador digital, mostra o momento em que ele aparece próximo ao cemitério, pede para um rapaz dar um depoimento e, após uma discussão, bate no jovem. Gabriel, que tem 24 anos, é integrante do MBL e atualmente trabalha para o deputado estadual Filippe Poubel (PSL). O influenciador digital tem cerca de 661 mil seguidores em seu canal e havia sido afastado por um coronel da polícia militar por insubordinação. A sentença foi revista pelo secretário da PM do Rio de Janeiro, general Rogério Figueiredo, e desde então o policial está a serviço do deputado estadual.

Nas redes sociais, o policial militar compartilhou parte do vídeo gravado em que mostra apenas a discussão onde alega que estava sendo perseguido e agiu em legítima defesa.

"Graças a Deus, o líder da Marcha das Favelas não conseguiu consumar a armadilha que fez contra mim. Convidou-me para conversar, chamou uma multidão de pessoas e tentou me impedir de fugir, me xingando e agredindo. Meu carro foi apedrejado. Tive que me defender", escreveu Gabriel em uma rede social.


O rapaz agredido está bem e deu um depoimento em uma rede social, dizendo que foi dar um depoimento e que, ao contra-argumentar, o policial o atacou.

"Ele estava distante da manifestação e chegou perguntando se eu conhecia o canal dele e seu trabalho e pediu para falar um pouco para dar minha perspectiva de quem é o responsável pela morte da Ágatha. E assim começou o vídeo e ele começou a passar a versão dele e as coisas começaram a ficar pior quando a gente chegou e falou que ele justificou a morte das pessoas com apreensão de 400 vezes, sendo que são mais de 1080 pessoas mortas no estado por violência policial", disse o rapaz.


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