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Ibope revela País polarizado sobre Governo Bolsonaro

Pesquisa encomendada pela Confederação ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios, entre 19 e 22 de setembro, e mostra que 31% dos brasileiros avaliam o governo como ruim ou péssimo. Avaliação como ótimo ou bom é de 34%

Por Portal Eu, Rio! em 25/09/2019 às 17:29:45

Jair Bolsonaro manteve na Assembleia-Geral da ONU o estilo agressivo, que classificou de 'contundente e objetivo', com a polarização da campanha Foto ONU

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, na quarta-feira (25/09), a pesquisa CNI-Ibope do terceiro trimestre de 2019. Segundo o levantamento, a parcela da população que considera o governo Jair Bolsonaro ótimo ou bom oscilou de 32% para 31%, em relação à edição de junho. O percentual dos brasileiros que avalia a atual administração como ruim ou péssima oscilou de 32% para 34%, no comparativo. As variações ocorreram dentro da margem de erro da pesquisa. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas, em 126 municípios, entre 19 e 22 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Metade dos brasileiros afirma desaprovar a maneira de governo do presidente Bolsonaro, ante 48% do levantamento anterior. Na comparação com abril, a desaprovação cresceu dez pontos percentuais. Entre os ouvidos, 44% disseram aprovar, em comparação com 46%, aferido na pesquisa de junho. A confiança no presidente segue mesma tendência, 42% dos entrevistados disseram confiar no presidente, enquanto 55% não confiam. Na última edição, 46% dos brasileiros confiavam no presidente, enquanto 51% não confiavam.

Os jovens com idade entre 16 e 24 anos são o grupo etário para o qual a aprovação do governo apresenta maior queda entre junho e setembro: o percentual dos que avaliam o governo como ótimo ou bom passou de 32% para 24%. Também houve queda no percentual de avaliação do governo como ótimo ou bom entre os brasileiros com idades 45 e 54 anos (de 34% em junho para 29% em setembro). Nas demais faixas etárias a avaliação do governo oscilou para cima ou para baixo dentro da margem de erro da pesquisa.

A pesquisa também avalia a atuação do governo em nove áreas. A segurança pública segue como área mais bem avaliada do atual governo, aprovada por 51% dos brasileiros, seguida da educação (44%), de combate à inflação (42%) e meio ambiente (40%). O combate à fome e à pobreza tem avaliação positiva de 38%; a saúde, de 38%; o combate ao desemprego, de 36%; os impostos, de 32%; e os juros, de 31%.

A insatisfação com o governo aumentou mais em relação às políticas e ações relativas ao meio ambiente, área em que a desaprovação subiu de 45% para 55% entre junho e setembro. A desaprovação da atuação do governo no combate à fome e à pobreza passou de 51% em junho para 57% em setembro e a desaprovação no combate ao desemprego passou de 55% para 59% no mesmo período. Apesar do crescimento da desaprovação nessas três áreas, a desaprovação permanece maior em relação aos impostos (62%) e à taxa de juros (61%). O tema mais bem avaliado permanece sendo a segurança pública, com 51% de aprovação.

O resultado quanto à avaliação do desempenho do governo parece ter sido fortemente influenciado pela maior lembrança das notícias quanto ao meio ambiente, o maior percentual por assunto. Entre os brasileiros, 22% lembraram de notícias com esse tema, considerando em conjunto as notícias sobre as queimadas da Amazônia, sobre a discussão entre os presidentes do Brasil e da França, sobre a suspensão de financiamento a projetos ambientais no Brasil e sobre meio ambiente de forma geral. O percentual agregado é menor que a simples soma dos percentuais das notícias, pois um mesmo entrevistado pode ter citado mais de uma notícia relacionada ao tema.

O segundo grupo de notícias mais lembrado pela população se refere à saúde do presidente Jair Bolsonaro. Considerando em conjunto os que lembraram de notícias sobre o presidente ter passado por nova cirurgia e notícias gerais sobre a saúde do presidente, 19% dos brasileiros lembraram de notícias com essa temática.

Prioridade do empresariado e dos operadores do mercado financeiro, e terreno no qual houve maiores avanços na agenda oficial, a reforma da previdência teve notícias lembradas por 5% dos brasileiros, enquanto 2% lembraram de notícias sobre a indicação de Eduardo Bolsonaro à embaixada dos Estados Unidos, sobre a liberação de posse de armas, sobre cortes em bolsas e pesquisa, sobre reforma tributária e sobre a liberação do FGTS.

A percepção da população em relação às notícias sobre o governo oscilou dentro da margem de erro da pesquisa entre junho e setembro. O percentual que avalia que as notícias são mais desfavoráveis ao governo passou de 45% para 43%, enquanto o percentual que avalia que as notícias são mais favoráveis passou de 20% para 18% no período.

As perspectivas em relação ao restante do governo Jair Bolsonaro também oscilaram dentro da margem de erro da pesquisa. Para 37% dos entrevistados, os próximos três anos de mandato serão ótimos ou bons, ante 39% da pesquisa anterior. Na contramão, 31% dos brasileiros consideram que o governo será ruim ou péssimo, em comparação com 29% da pesquisa anterior. A diferença entre os gêneros segue em ritmo semelhante ao observado durante a campanha eleitoral. Entre as mulheres, a perspectiva de o restante do governo Jair Bolsonaro ser ótimo ou bom caiu de 34% para 30% entre junho e setembro, enquanto entre os homens permaneceu em 44%.

A popularidade do governo Jair Bolsonaro segue menor no Nordeste, onde 20% avaliam o governo como ótimo ou bom e 47% avaliam como ruim ou péssimo. Na comparação com os resultados da pesquisa de junho, os residentes da região Sul são os que mostram a maior mudança na avaliação do governo. Nessa região, o percentual dos que consideram o governo como ótimo ou bom cai de 52% para 36%, enquanto o percentual dos que avaliam como ruim ou péssimo aumenta de 18% para 28%. A popularidade do presidente Jair Bolsonaro também caiu entre os residentes da região Sudeste, mas aumentou entre os residentes do conjunto
das regiões Norte e Centro-Oeste.

O governo é mais bem avaliado entre os entrevistados com educação superior. Neste estrato, 37% dos ouvidos avaliam o governo como ótimo ou bom. O percentual cai para 30% entre os entrevistados com até a quarta série do ensino fundamental e para 29% entre os com educação fundamental acima da quinta série e entre os com ensino médio completo. Não obstante, com relação à confiança no presidente Jair Bolsonaro, o percentual dos que confiam no presidente entre os com educação superior caiu de 50% para 44%, parcela similar à registrada entre os que possuem até o ensino fundamental completo.

Para 43% dos entrevistados, atual administração é melhor que a de Michel Temer (2016-2018) – a parcela era de 47%, em junho. A pesquisa mostra, ainda, que 33% dos ouvidos consideram os governos iguais e 20% a avaliam como pior, ante 17% na última edição. Na região Sul, o percentual dos que avaliam que o governo Bolsonaro está
sendo melhor que o governo Temer caiu de 63% para 45% entre junho e setembro. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, esse percentual aumentou de 45% para 54%


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