Concebido para sediar encontros memoráveis, hoje o Palco Sunset recebeu um dos shows mais aguardados desta edição. Em uma celebração à música negra, o público pode ver ao vivo a primeira apresentação da regravação de "Chaims", de Aretha Franklin, nas vozes potentes de Alcione e da diva pop Iza. A dupla animou o público e entregou uma apresentação que só confirma o prestigio do palco, que conta com direção artística do músico Zé Ricardo.
No show anterior, Elza Soares – numa cadeira que fazia movimentos laterais - e convidadas – As Bahias e a Cozinha Mineira, Kell Smith & Jéssica Ellen – encantaram a plateia com suas interpretações inconfundíveis. A cantora fez um protesto no palco lembrando as mortes da vereadora Marielle Franco e da menina Ágatha, de oito anos. "O brasileiro precisa aprender a votar!", disse, sendo aplaudida em seguida. O Palco Sunset recebeu ainda a banda Plutão já foi planeta e Mahmundi. Fechando a noite, a britânica Jesse J, embalou a todos com um setlist repleto dos grandes sucessos de sua carreira.
Palco Mundo esquenta com Ivete Sangalo e Bon Jovi
Neste domingo, o Palco Mundo foi aberto pela embaixadora do Rock in Rio, a cantora baiana Ivete Sangalo. Em sua 16ª participação em edições nacionais e internacionais do festival, a artista surgiu em uma plataforma suspensa tocando bateria levando ao delírio o público presente na Cidade do Rock. Além de hits como "Eva", "Abalou" e "Sorte Grande", a artista cantou Anitta, clássicos do funk carioca e decretou o dia do rock e axé, num bailão pra ninguém colocar defeito, que colocou todos para dançar até o último minuto. Em sua estreia no Brasil, Goo Goo Dolls resgatou sucessos dos anos 90. Já Dave Mathews Band apresentou o seu soft rock aos fãs presentes no festival.
O grande destaque da noite, Bon Jovi surgiu enérgico no Palco Mundo à meia-noite e meia e, em um show de cerca de duas horas, surpreendeu o público com hits consagrados, inclusive 'Always', que não havia entoado em sua última apresentação carioca. Com a voz dando sinais de cansaço, a plateia o ajudou a entoar as canções mais conhecidas. Aguardado por uma legião de fãs no Brasil, o artista trouxe gente de fora do estado para curtir mais uma apresentação sua no Rock in Rio, mesmo sem o guitarrista Richie Sambora, brigado com John. É o caso do casal Tadeu Corrêa Barros, 68 anos, e Dulcinéia Silva, 63 anos, que veio de São Paulo especialmente para acompanhar o show e aproveitar as atrações do festival. "Temos dois filhos adultos, mas fizemos questão de visitar a Cidade do Rock sozinhos. Este tipo de programa deve ser feito por todo mundo, mesmo com a nossa idade, pois a música e a arte são democráticas", comenta Dulcinéia. Já Dona Rosa, de 69 anos, esteve presente na edição de 1985 do evento e repetiu a dose este ano só para ver os Bon Jovi. "Sou muito fã. A expectativa é muito grande", afirmou. John Bon Jovi encerrou seu show emocionado, reunindo todos os seus músicos para juntos agradecer ao público presente, após chamar duas fãs ao palco – em momentos distintos - e beijar na boca uma delas, após dar um tapinha. Mais um momento emblemático do festival.
Sucessos de venda na Cidade do Rock
Com 34 anos de história e ao fim do primeiro fim de semana de sua vigésima edição, o festival desperta no público a vontade de levar uma lembrança para casa. A icônica camiseta "Eu fui" é um dos itens mais procurados nos 11 pontos fixos de vendas e também nos dois carrinhos móveis com produtos oficiais do Rock in Rio. As baixas temperaturas dos três primeiros dias de evento ajudaram a levantar as vendas dos casacos com a marca do festival. As camisetas mais coloridas também estão fazendo sucesso entre os frequentadores por conta do crescimento de público do palco de música eletrônica. New Dance Order. "Estou levando um boné, mas queria levar tudo!", confessou a comerciante Juliana Maria de Lourdes, que é psicóloga e veio ao Rock in Rio pela primeira vez.
O maior de todos os tempos
O Rock in Rio de 2019 já se consagra como a maior de todos os tempos. O evento está gerando 30 mil empregos e movimentando 1,7 bilhão em receita para o Estado. São mais de 450 mil turistas que chegaram à cidade para acompanhar as atrações do festival, representando mais de 60% do público esperado na Cidade do Rock. Nesta edição são 300 horas de música e nove palcos. Para fazer toda essa estrutura funcionar são utilizados mais de 10 mil toneladas de equipamentos e 120 quilômetros de cabos de som, vídeo e força.