Um vereador de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, deu socos em um colega, no meio do plenário, porque ele teria furado a fila de discurso. Eduardo Gordo, do MDB, pediu para fazer uma Questão de Ordem, que é uma observação rápida, enquanto outros vereadores estavam inscritos para discursar. Porém, o pronunciamento do vereador se prologou por mais de nove minutos, o que irritou os demais parlamentares. Quando chegou a vez do vereador professor Paulo, do PCdoB, se pronunciar, ele aproveitou o momento do microfone e reclamou da demora do colega Emedebista, sugerindo, sem citar o nome do colega, Eduardo Gordo teria furado a fila, e que, já que a intenção era a de também discursar, ele deveria ter, assim, como os demais colegas, se inscrito para ir à plenária. E foi aí, então, que o vereador se dirigiu à plenária e atacou o professor Paulo.
Ao RJ 1, o presidente da Câmara, o vereador Diney Marins (Cidadania), disse que o Conselho de Ética vai investigar. Ainda ao repórter do RJ 1, o professor Paulo disse que, independente da decisão do presidente, ele vai entrar com uma representação no Conselho de Ética. Já Eduardo Gordo teria afirmado ao repórter que está com problemas familiares, um caso de pessoa doente na família, e que levantou apenas para discutir com o colega, sem intenção de agredir, mas o posicionamento físico dele acabou empurrando o colega e que até gosta do vereador professor Paulo, e que pediu desculpas tanto ao vereador agredido, quanto aos demais colegas.
A Câmara enviou nota:
"A Câmara Municipal de São Gonçalo Repudia qualquer tipo de agressão. Por mais que entenda que os temas debatidos na Casa despertem paixões e discussões acaloradas, a Câmara entende que a violência não tem lugar no debate democrático e não pode nem deve ser utilizada sob qualquer pretexto. O presidente Diney Marins já tomou as medidas cabíveis, oficiou a Comissão de Ética", enfatiza a nota.