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Arma que matou Marielle pode ter sido atirada ao mar, aponta investigação

Polícia Civil prendeu quatro suspeitos de envolvimento na morte da vereadora

Por Mario Hugo Monken em 03/10/2019 às 16:11:25

Foto: EFE/Mário Vasconcellos/Direitos Reservados

Uma submetralhadora de modelo HK MP5 que teria sido usada nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes no ano passado pode ter sido atirada ao mar. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga a hipótese.

Segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (3) pela Polícia Civil, a trama envolveu Elaine Lessa, mulher de Ronnie Lessa, preso acusado de ser o assassino da política, Bruno Figueiredo (irmão de Elaine), Márcio Montavano, o “Márcio Gordo” e Josinaldo Freitas, o “Di Jaca”, que foram alvos de uma operação deflagrada hoje. Os crimes são obstrução de justiça, porte de arma e associação criminosa.


O grupo é acusado de ter ocultado armas usadas pela quadrilha, entre elas possivelmente a submetralhadora HK MP5 que teria sido utilizada nos crimes. Segundo investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o bando teria executado o plano de jogar as armas nas águas da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, próximo às Ilhas Tijucas, sob o comando de Elaine Lessa. O armamento foi lançado ao mar dois dias depois das prisões de Ronnie e do ex-PM Élcio de Queiroz, ocorridas em 12 de março deste ano.

De acordo com o inquérito da DHC, um dia após as prisões, em 13/03, “Márcio Gordo” tirou uma caixa com armas de um apartamento no bairro da Pechincha, na Zona Oeste do Rio, onde funcionava a oficina da quadrilha para a montagem de armamento. No dia seguinte, 14/03, “Márcio Gordo” levou essas e outras armas até “Di Jaca”, que havia contratado o serviço de um taxista para transportá-las até o Quebra-Mar, de onde saiu o barco que levou o material até o oceano. Já Bruno Figueiredo ajudou "Márcio Gordo" na execução do plano.

Em depoimento à DHC, um pescador revelou que foi contratado por um homem, identificado depois como “Di Jaca”, recebendo R$ 300 para levá-lo ao local onde “fuzis e pequenas caixas”, que estavam em uma mala e em uma caixa, fossem jogadas próximas às Ilhas Tijucas. Com o auxílio de mergulhadores do Corpo de Bombeiros e da Marinha, foram realizadas buscas no local, mas nada foi encontrado. A grande profundidade e as águas muito turvas dificultaram o trabalho.

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