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Morros do Adeus e da Baiana contam com exército de 50 homens

Favelas são controladas pela facção criminosa Comando Vermelho, mas são alvo dos rivais do Terceiro Comando Puro.

Por Mario Hugo Monken em 07/10/2019 às 18:10:15

Morro do Adeus conta com exército de homens armados para proteger o tráfico. Foto: Reprodução

Dois morros aparentemente pequenos, que ficam em frente ao Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, contam com um exército de ao menos 50 homens fortemente armados. Essa é a realidade das favelas do Adeus e da Baiana, controladas pela facção criminosa Comando Vermelho (CV) mas que são alvos de cobiça por parte dos rivais do Terceiro Comando Puro (TCP).

Os traficantes circulam com armas potentes como fuzis calibres 556 e 762 e também granadas e pistolas. Eles dão muito trabalho para a polícia. Já houve casos em que policiais militares ficaram encurralados no meio de tiroteios entre as facções rivais. Os bandidos também costumam disparar contra as equipes da UPP.

Recentemente, cinco carros de policiais militares estacionados no pátio do Comando de Policiamento Ambiental (CPAm), que fica dentro da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), na Avenida Itaóca, no Complexo do Alemão, foram depredados. A ordem do ataque teria partido do Morro do Adeus, a poucos metros dali.

Outras atividades são desenvolvidas pelos criminosos como a exploração do transporte alternativo e ‘gato net’, além da extorsão aos comerciantes locais, roubos de carga e de carros. Mercadorias roubadas são levadas para dentro das favelas. Até uma rede de fast-food foi atacada pelo bando em Bonsucesso.

As drogas são obtidas no vizinho Complexo do Alemão onde são transportadas de um depósito até os morros da Baiana e do Adeus.

O chefe da favela é o traficante Fábio Brum Camargo, o Carão. É para ele quem os demais integrantes da quadrilha se reportam, seguindo suas orientações referentes à compra e venda de drogas, incluindo valores, forma de venda e acondicionamento, local, arregimentação de mão-de-obra e definição de funções na empresa criminosa, conquista de território então explorado pela quadrilha rival, aquisição de armamento e munições, definição de punições para os desafetos ou qualquer pessoa que descumpra suas ordens ou possa ser um obstáculo para a realização do tráfico de drogas, determinação de resistência à ação policial, inclusive homicídios, determinação de roubos e distribuição de lucros.

Carão confessou ser o autor do tiro que matou o policial civil Eduardo Henrique da Cunha Mattos, atirador de elite da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) em 2007. O policial foi atingido por um tiro na cabeça quando estava no helicóptero Águia 1.

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