Déficit de R$ 10,7 bilhões. É o que prevê o projeto de lei orçamentária para o Rio de Janeiro apresentado nesta terça-feira (8) pelo Governo à Assembleia Legislativa Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para o próximo ano.
Apesar do valor elevado, o subsecretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Bruno Schettini, vê melhoras no Estado em relação ao início de 2019, quando o déficit ultrapassava R$ 13 bilhões.
“Para 2020, calculamos um déficit de 10 bilhões, sendo que mais da metade dele é resultado de um estado que volta a pagar suas dívidas”, justificou o subsecretário.
De acordo com a proposta do Executivo, o Estado prevê a arrecadação líquida de R$ 70 bilhões e despesas de R$ 81 bilhões para o próximo ano. O deputado Rodrigo Amorim (PSL), da Comissão de Orçamento da Alerj, disse que as contas do Rio de Janeiro mostram recuperação:
"Apesar do déficit nominal ser ainda muito alto e de estarmos mergulhados numa crise grande, já percebemos uma sensível melhora, o que é um sinal positivo de esperança para o cidadão fluminense", disse.
Já o deputado Luiz Paulo (PSDB) destacou que o orçamento do estado ainda é deficitário:
“A esperança está, novamente, no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Se ele não for aprovado, não teremos muito o que cortar do orçamento e vamos ter que pagar os R$ 6 bilhões de serviço da dívida, se não, haverá um sequestro de receitas”, alertou Luiz Paulo.
Nova reunião da comissão foi marcada para a próxima semana. O objetivo é votar o parecer prévio do orçamento. Caso haja aprovação, o projeto segue para votação em Plenário.