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Notícia: um relato de interesse público narrado por um repórter

Ivana dos Santos Gouveia, Coordenadora do Curso de Jornalismo das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha)

Em 16/02/2024 às 23:15:55

Notícia é o relato de um acontecimento de interesse público e relevância social, narrado por um repórter, que buscou fontes, apurou os fatos e checou as informações, publicado em um veículo de mídia. De todos os componentes que fazem parte desta produção, o repórter é o sujeito que faz o fato virar notícia com seu trabalho. Ele é o responsável por trazer informação de forma organizada e verificada ao nosso conhecimento. Se temos notícias, é porque temos repórter!

E quem é esse sujeito fundamental para a notícia? Preferencialmente, um profissional formado em Jornalismo, com características pessoais específicas, habilidades técnicas, conhecimento teórico e comportamento ético. A personalidade é importante para o exercício da função, mas não é determinante. A formação em Jornalismo vai fornecer o aprendizado necessário para ser um bom repórter. Na prática, é uma junção do indivíduo e suas qualidades com o preparo adequado para a investigação.

Um indivíduo inquieto, curioso, crítico e que saiba lidar com uma rotina sem rotina, tem tudo para ser um ótimo repórter. Pois o dia a dia deste profissional é sempre novo, ao sabor dos acontecimentos. Em um dia comum, os assuntos surgem de forma imprevisível, precisam ser investigados, pesquisados, apurados, verificados. Documentos têm que ser analisados. O repórter pode precisar ir a diferentes locais, conversar e entrevistar pessoas diferentes. Tudo isso, com um prazo apertado. E ao fim, produzir um texto claro e preciso, que todos entendam.

Neste ponto juntamos habilidades e técnicas, sem deixar a ética de lado. Escrever bem é fundamental. Domínio das regras gramaticais, ortográficas, concordância, vocabulário, mas também clareza, coerência e coesão ao contar uma história. Repórter se comunica para ser entendido. E ouve com atenção para entender. Mais do que falar, ouvir. Observar, ter empatia, se colocar no lugar do outro, com uma curiosidade autêntica e verdadeiro interesse em compreender e aprender, sem deixar o espírito crítico e analítico de lado.

Capacidade de adaptação é fundamental. Situações diversas, pessoas diferentes, variados contextos, muitas emoções e sentimentos envolvidos, visões contrastantes, temas sensíveis, assuntos delicados, no meio disso tudo, o repórter observador e com sensibilidade tem que ser capaz de cobrir qualquer tipo de matéria de maneira respeitosa com os envolvidos e o público. Quase sempre sob pressão, o repórter precisa ter equilíbrio emocional para não se tornar insensível e, ao mesmo tempo, não perder o olhar humano.

Pois é esse olhar humano, que nenhum repórter pode deixar de ter, que faz o bom repórter. Que no exercício da produção da notícia, faz com que o repórter possa exercer a verdadeira e mais importante função que este profissional tem: ser um mediador social. Aquele profissional que tem por obrigação tornar público tudo que deve ser público, ajudando a formar cidadãos informados e preparados para tomar decisões que irão afetar suas vidas. Aquele profissional que dá voz para os cidadãos serem ouvidos e percebidos pelo poder público.

Um repórter não é um herói, mas deve ser saudado no seu dia e em todos os outros dias. Pois contribui diariamente para o aperfeiçoamento da sociedade, produzindo reportagens que impactam e atendem ao interesse público de forma confiável e com responsabilidade.

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