Depois de Bolsonaro, se tornou comum gente envolvida com a polícia falar em disputar eleição. Claro, essa laia está sempre à procura de um jeito para se livrar da cadeia ou da publicidade negativa.
Não causou estranheza quando nesta semana o cantor sertanejo Gusttavo Lima disse que pretende ser candidato a presidente da república. Nada mais comum, depois de um Pablo Marçal e outros da corja, espalhados pelo país.
Gusttavo Lima tem protagonizado a mídia nacional não somente pela sua música de baixo sentimento, mas pelo seu envolvimento com o crime organizado, o que lhe resultou em dois indiciamentos por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Sua ligação nefasta com o que é errado não se limita ao crime organizado. Ele tem ligações profundas com o agronegócio brasileiro.
Seguindo a linha do seu guru político, Bolsonaro, declarou que " o Agro não aguenta mais pagar impostos". Uma mentira deslavada.
O Agro brasileiro tem subsídio anual de 400 bilhões de reais e ainda financia bancadas de deputados e senadores para ampliar esse benefício nada patriótico.
O agronegócio brasileiro atua de forma criminosa contra o meio ambiente e despeja sobre a cabeça de crianças, jovens e idosos toneladas de venenos agrícolas, lhes causando câncer e outras doenças letais.
Gusttavo Lima é mais um dos seus fantoches para protagonizar o noticiário nacional com a defesa dos seus interesses. O cantor se serve a isso porque também precisa esconder seus crimes.
Essa junção da música de baixo sentimento com o agronegócio é uma ação planejada. Não é de hoje que ruralistas bancam cantores de um pseudo sertanejo para tecer loas à sua cultura de destruição ambiental sob o manto da grande produção de alimentos e geração de riqueza.
Esse ritmo musical que Gusttavo Lima representa não tem lastro no sertanejo raiz do Brasil, nascido da cultura dos nossos povos tradicionais. Ele foi criado em estúdios financiados pelos mesmos ruralistas que financiaram a tentativa de golpe de Estado, recentemente.
Esta união é a do crime e tem como meta tirar o Brasil do caminho da democracia e do crescimento. O agronegócio não conseguiu dar o golpe e agora mete nosso país no ridículo ao lançar um indivíduo totalmente desqualificado e envilvido com o crime para disputar a presidência da república. Não passarão.