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Engajamento, comunicação e saúde. Quais são as prioridades do RH?

*Por Thais Mendes, head de RH da GTO RH

Em 02/12/2020 às 15:33:03

Qual foi o impacto da COVID-19 na saúde mental e nas prioridades das companhias brasileiras e quais são as perspectivas de futuro? Do ponto de vista do RH, os desafios são: engajar as pessoas à distância, comunicar bem remotamente, garantir a saúde física e mental dos empregados, manter e melhorar o clima organizacional e apoiar no equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Com a crise, o aumento de doenças psiquiátricas é inegável. E esse será um enfoque que as empresas precisarão ficar de olho no futuro, não apenas nesse período, mas com maior frequência. O modelo atual de home office é totalmente diferente do que já foi visto ou pensado para o futuro. Isso acontece, principalmente, por causa dos diversos desafios trazidos pela pandemia, como a nova perspectiva económica, a mudança na rotina das famílias, a preocupação com a saúde.

Além desses pontos, a pandemia ainda adicionou outros desafios na rotina do profissional, exigindo competências que muitos não haviam adquirido, ou que não eram bem desenvolvidas. Todos esses motivos aliados à pressão pela adaptação e resultados fizeram com que muitos funcionários apresentassem picos de estresse, burnout, instabilidade emocional e ansiedade.

Para amenizar o impacto psicológico, diversas empresas têm implantado práticas humanizadas fundamentais, principalmente para que o profissional mantenha um equilíbrio em sua vida, contando com momentos de descompressão proporcionados pela empresa.

Entretanto, o ponto mais interessante de tudo isso é que a pandemia acelerou um movimento de preocupação genuína com as pessoas e o senso de preservação da vida. Enxergando os indivíduos em sua totalidade, sem a separação do profissional e pessoa física. E isso aconteceu, também, dentro do RH.

Hoje em dia, há uma grande preocupação em não ser infectado pelo vírus da COVID-19, mas, mais importante que isso, é não contaminar as pessoas próximas. Esse senso de colaboração e empatia cresceu com a pandemia. Por isso, é importante que as empresas internalizem esses aprendizados para que, no futuro, possam ser ainda mais humanos e respeitosos, trazendo um sentido diferente para o termo “viver em conjunto”.

É preciso reforçar também a importância do líder. Ao se aproximar do seu time e promover momentos de conversa, interação e compartilhamento, é possível gerar um sentimento de pertencimento à equipe e, consequentemente, um maior engajamento, uma vez que a iniciativa demonstra uma preocupação genuína com cada um da equipe.

Em torno de todas essas ações, o RH precisa estar próximo das pessoas e ouvir as reais necessidades dos líderes e das equipes para alcançar os desafios da companhia.

Com isso, é possível ter um diagnóstico dos desafios organizacionais e traçar um plano de prioridades de gente. Desta forma, o RH poderá se tornar cada vez mais estratégico para a empresa e, cada vez menos, agir apenas por demanda.

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