Mas afinal, o que é COP26?

Se você tem hábito de consumir conteúdo da internet, assistir televisão, ouvir rádio, ler jornal impresso, com certeza ouviu e/ou leu sobre os debates relacionados as alterações climáticas e a realização da COP26. Mas afinal, o que é COP26?

A COP26 é a sigla que representa a Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021. O número 26 faz menção ao número de encontros. Esse ano será a 26a conferência debates sobre o tema. O encontro está sendo realizado desde o dia 31 de outubro, em Glasgow, na Escócia (Reino Unido) e tem previsão de término para 12 de novembro de 2021. Essas conferências são realizadas anualmente, porém com a pandemia de COVID-19, houve um atraso de um ano na realização da COP26.

Nessa conferência, representantes de aproximadamente 200 países estão dispostos a debater e apresentar ações e sugestões para fortalecer o combate ao aquecimento global. Até o momento alguns países não apresentaram dados satisfatórios, e eles acabam sendo cobrados pelos outros países a realizar uma mudança em seus protocolos. Ou seja, um “puxão de orelha” internacional!

Além das ações propostas para diminuição das emissões de carbono, espera-se que os países tragam suas reflexões sobre os momentos vividos durante o auge da pandemia do COVID-19, afinal, muitas das mudanças de comportamento ocasionadas pela necessidade do distanciamento social, impactaram positivamente o meio ambiente.

Home office, reuniões on-line... Quantas viagens de avião não foram realizadas? Quantos veículos a menos nas ruas? Indústrias gerando menos produtos e consequentemente menos resíduos... Alguns tratam os exemplos acima como um “prejuízo econômico”, e por isso, é tão importante que nesses debates possamos contar com representantes de diversas áreas além dos responsáveis pelas pautas ambientais.

Segundo Alok Sharma, membro do Parlamento Britânico e presidente da COP26, e divulgado no site da CNNBrasil, os objetivos da COP26, são:

• Manter a meta de “1,5 grau viva”, uma meta a que alguns países produtores de combustíveis fósseis têm resistido, pelo menos em termos de fortalecimento da linguagem em torno dela em qualquer acordo;

• Colocar uma data limite para acabar com o uso de carvão “inabalável”, o que deixa em aberto a possibilidade de continuar usando algum tipo carvão, desde que a maior parte das emissões de gases de efeito estufa do combustível fóssil seja capturada, impedindo-os de entrar na atmosfera. Alguns cientistas e grupos de ativistas disseram que todo o carvão deveria ser relegado à história;

• Fornecer US$ 100 bilhões de financiamento climático anual, o que as nações ricas concordaram, para ajudar os países em desenvolvimento a reduzir as emissões de combustíveis fósseis e se adaptar aos impactos da crise;

• Fazer com que todas as vendas de carros novos sejam de zero emissões em 14 a 19 anos;

• Acabar com o desmatamento até o final da década, já que as florestas desempenham um papel crucial na remoção de carbono da atmosfera;

• Reduzir as emissões de metano, um gás potente com mais de 80 vezes o poder de aquecimento do dióxido de carbono.

A COP26 continuará até a próxima sexta (12). Ainda teremos mais alguns dias de debates e apresentações de projetos e propostas a serem realizadas. Esperamos que todos os países honrem seus compromissos e cumpram as suas promessas. Incluindo o nosso, não é mesmo? O planeta agradece!