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Falar da mulher no futebol não é tarefa fácil. É falar de lutas, tristezas, superação, desmerecimento, tabus, preconceito, exploração e resiliência. Não é só falar da mulher nos campos, mas também nas casas, nos estádios, nas ruas, nas comunidades, enfim em todo dia a dia da mulher.
Falar da mulher no futebol é falar de seu próprio desabrochar, porque, como diz a poeta, "nem só de cama vive a mulher¨. É o desenvolvimento do corpo, mas também da consciência do seu EU COMO PESSOA, como ser humano pensante e com discernimento para se fazer ouvir e representar.
Falar da mulher no futebol, é falar daquela mulher de tempos idos, segregada, que "de nada entendia", segundo os conceitos machistas, que se manifestava nas arquibancadas com seu guarda sol, timidamente, com um sorriso discreto, quando queriam gritar, pular, se extasiar plenamente.
Falar da mulher no futebol, é falar do amadorismo relegado dos anos 30 e sua evolução nos campos, com conquistas de campeonatos, com o reconhecimento de ligas, com patrocínio das TVs, mostrar que elas fizeram da bola a esperança, do coração a luta e das pernas, o destino.
Falar da mulher no futebol é transcender o campo, atingir o jornalismo, como repórter de campo, comentarista ou radialista. Abre alas que eu quero passar, com meu sorriso vou te conquistar, com minha graça faço você falar, com minha voz, que não quer calar, você vai me respeitar.
