2021 chegou chegando. Trump incitou seus apoiadores mais radicais para uma invasão ao Capitólio, para impedir a certificação de Biden como próximo presidente americano. Como se não bastasse o ódio que sempre esteve presente em seus discursos pela internet, que nesse momento está banido de sua principal rede social, de toda insegurança mundial que provocou e além de toda queda na economia, enfrentou a pandemia com desprezo, agora tenta reverter o resultado da eleição na força bruta. A todo o momento falava que existia uma fraude ocorrendo, sem mostrar provas, teve a chance de tentar reverter através de recontagem de votos, sem sucesso e agora promoveu a mais vergonhosa invasão ao Capitólio, deixando pelo menos im morto na invasão.
Como a nação que investe bilhões em segurança e tem suas instituições preservadas por esquemas fortemente armados e cheias de protocolos, deixou civis vestidos de Village People invadirem e depredar tudo? A resposta está no próprio presidente que afrouxou o esquema de segurança para que ocorresse, levando a demissão de seus diretores responsáveis. E essa fragilidade irreal, pode levar até a um incentivo daquelas nações mais furiosas com o imperialismo externo dos EUA. Um incentivo para até um novo 11 de setembro. O que não deve acontecer, pois foi algo pontual para tentar desestabilizar o ritmo de posse do novo mandatário da cadeira presidencial.
A vergonhosa cena de invasão, liderada por um homem vestido de bisão xamânico, que diz ter visão em 4 dimensões, poderia passar em vão, apenas como resistência. Mas é mais uma cena patética de fragilidade da extrema-direita no poder. Como podem reparar essa ferida grotesca do imaginário mundial? Primeiro prender os responsáveis pela ação com rigor. Tal qual os filmes. Teve Invasor que descobriu que não podia mais embarcar porque foram incluídos numa lista no-fly enquanto estão sendo investigados. Policiais e bombeiros são investigados por conexão com extremistas. Mas o mais importante é despejar ou protocolar um processo imediato de impeachment ao presidente Trump.
Isso é imediato! Não existe mais espaço no mundo para esse pensamento nazifascista. Queremos um mundo com justiça social, onde os direitos básicos a vida seja respeitado. Muita coisa para se fazer pela frente, como resolver por exemplo o acesso a água para todos. Apenas 2,4 bilhões de pessoas tem acesso à água em um mundo de quase oito bilhões de pessoas. Não existe espaço para quem quer governar achando-se sindico de prédio. Um país não é uma empresa particular. Hoje a palavra da vez é inclusão. Pessoas que usam camisas com as inscrições exaltando Auschwitz ou Ustra, deveriam ser vistas como problema e não como líderes.
O Chifrudo que invadiu Capitólio é o símbolo de demonstração da fragilidade da democracia e do imperialismo americano. Aliás, Jay Key, vocalista do grupo Jamiroquai deve ter ficado irado ao ver a imagem o terrorista ligado a banda. Afinal, em suas redes sociais, já tinha falado de Trump e Bolsonaro: “Nós sabemos que você é um grande trapaceiro, e você ama seu trapaceiro de merda Donald, mas, por favor, bote o mundo em primeiro lugar antes de sua riqueza”. E a polarização extremista em que o Brasil e Estados Unidos se enfiaram não vai acabar com a entrada de Biden no poder. Essa cicatriz vai durar um bom tempo. Isso poderia servir de recado para Bolsonaro, que está querendo fazer o mesmo em 2022, mas se ele não anotar na mão esse recado, provavelmente, deve repetir essa vergonha para o mundo ver.
Diante disso, deixo vocês com a frase de Voltaire: “Aqueles que podem fazer você acreditar em absurdos podem fazer você cometer atrocidades”. Mas prefiro a outra que ele falou: “Pau que nasce torto nunca se endireita.”.