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Empoderamento feminino em risco: como a comparação afeta as mulheres

Mulheres Empoderadas, Por Simone Santos, Coach de Empreendedorismo Feminino e Educadora

Em 27/06/2024 às 09:12:56

Honrar a nós mesmas, amar nossos corpos, é uma fase avançada na construção de uma autoestima saudável. (Bell Hooks)

A comparação é uma prática nociva que muitas vezes passa despercebida, mas que pode causar danos profundos à saúde mental e ao bem-estar emocional das mulheres. Em um mundo onde somos constantemente bombardeadas por imagens de vidas perfeitas e sucessos aparentemente inalcançáveis, é fácil cair na armadilha de medir nosso valor com base nos padrões alheios.

Recentemente, durante minha participação como mentora em um programa de empreendedorismo, tive uma experiência que me fez refletir profundamente sobre o impacto da comparação na vida e na saúde mental das mulheres. Uma de minhas mentoradas, uma profissional incrivelmente talentosa e dedicada, expressou seu desânimo ao comparar-se com outras empreendedoras do programa. Ela mencionou o quanto as outras participantes eram fantásticas e tinham negócios excelentes e consolidados. Havia uma premiação final e, apesar de seu próprio sucesso, ela acreditava que não tinha chance devido à alta qualidade das demais empreendedoras.

O que me surpreendeu foi o fato de que, aos meus olhos, ela era uma empreendedora espetacular e consolidada. Seu trabalho tinha um impacto social positivo significativo na comunidade a que pertencia, e ela já havia, inclusive, participado de desfiles internacionais, algo que poucas empreendedoras conseguem realizar. Mesmo assim, ela se sentia de alguma forma inferior às demais.

A comparação é uma armadilha insidiosa que se infiltra silenciosamente em nossas vidas, prejudicando o bem-estar emocional de muitas mulheres. Em um mundo saturado por redes sociais e expectativas irreais, é fácil cair na tentação de comparar nossas vidas, nossos corpos, nossas conquistas e até mesmo nossa felicidade com as dos outros.

Quando nos comparamos, estamos medindo nosso valor e nossa felicidade com base em padrões externos e muitas vezes inalcançáveis. Isso cria um ciclo vicioso de insatisfação e autocrítica, onde nunca somos "boas o suficiente" porque sempre haverá alguém com algo aparentemente "melhor". Este comportamento é particularmente prejudicial para as mulheres, que já enfrentam pressões sociais e culturais para atender a um conjunto de padrões de beleza, sucesso e comportamento.

A comparação constante mina nossa autoestima e nos impede de reconhecer nossas próprias conquistas e qualidades. Cada mulher é única, com suas próprias habilidades, desafios e jornadas. Quando nos comparamos a outras, estamos desvalorizando essa singularidade e nos privando da oportunidade de celebrar nossas próprias vitórias. Em vez de nos inspirar e nos motivar, a comparação nos deixa desanimadas e ansiosas.

Além disso, a comparação pode levar a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e transtornos alimentares. A pressão para se adequar a certos padrões pode resultar em comportamentos prejudiciais, como dietas extremas, excessos de exercícios ou busca incessante por validação externa. Esses comportamentos não só prejudicam nosso bem-estar mental e emocional, eles afetam nossa saúde física.

Podemos adotar algumas práticas que nos ajudam a nos livrar de comparações. Alguns exemplos são: praticar o autocuidado envolve participar de atividades que nutrem o bem-estar emocional, como meditação e hobbies, fortalecendo a autoestima e reduzindo a necessidade de validação externa. Celebrar nossas conquistas, mantendo um diário de gratidão ou uma lista de realizações, nos faz focar no positivo e valorizar nosso próprio caminho. Limitar o tempo nas redes sociais e seguir perfis que promovem positividade nos ajuda a manter uma perspectiva mais saudável.

Ao incorporar essas práticas em nossa rotina diária, podemos nos libertar gradualmente das comparações e cultivar um relacionamento mais saudável e amoroso conosco mesmas. Vamos nos libertar dessas comparações destrutivas e aprender a nos valorizar pelo que realmente somos – mulheres fortes, resilientes e extraordinárias.

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@portal.eurio

@simone_santos.mentora

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