Entre os dias 15 de outubro e 19 de dezembro, a Jornada de Foguetes, organizada pela 13ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) e pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) pretende estimular o aprendizado dos jovens e colocar toda a teoria que envolve este universo em prática. O evento vai ser realizado na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro e ainda contará com oficinas, sessões no planetário digital itinerante da OBA e palestras com engenheiros da Agência Espacial Brasileira.
Durante mais de dois meses, o conhecimento, a ciência e as atividades reunirão1.341 alunos e professores de 356 escolas de todo o país. As equipes foram selecionadas a partir da 13ª MOBFOG, realizada junto com a 22ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) em maio. A edição de 2019 da MOBFOG teve cerca de 150 mil participantes.
"Participam das Jornadas estudantes de todo país, com diferentes realidades e, para muitos, a dificuldade é enorme para chegar até Barra do Piraí. Mas o interesse é muito maior e eles vencem toda e qualquer barreira por essa oportunidade. Tanto que tivemos que ampliar o evento, dividindo em jornadas consecutivas, uma vez que o Hotel não comporta tantas pessoas simultaneamente" relatou João Batista Garcia Canalle, o coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
Para ele, participar da Jornada de Foguetes é um grande prêmio aos alunos e professores, pois significa que os alunos estão entre aqueles que melhor construíram suas bases de lançamentos e seus foguetes em todo o Brasil.
"Para tanto, aperfeiçoaram a aerodinâmica do foguete e ajustaram as quantidades de bicarbonato de sódio e ácido acético de modo a obterem a maior pressão com o menor peso possível. Isso tudo os coloca próximos das situações reais que os engenheiros aeroespaciais enfrentam para construírem seus foguetes", explicou Canalle.
Durante a jornada, os jovens vão apresentar os seus foguetes de garrafa pet e suas bases de lançamento. Os protótipos serão movidos a combustível líquido composto de vinagre e bicarbonato de sódio. A novidade desse ano fica por conta dos professores, que poderão lançar foguetes feitos de PVC, e dos alunos, com foguetes de papel. Todos eles serão lançados com ignição elétrica.
Além disdo, os vencedores serão aqueles que lançarem os foguetes o mais longe possível. Além disso, haverá prêmios para as seis melhores apresentações. O júri, para essa avaliação, será composto pelos professores de todas as equipes presentes. Serão analisados pela banca examinadora os seguintes pontos: acabamento e originalidade do foguete, acabamento e originalidade da base, segurança e apresentação da equipe participante.
Vale destacar que a iniciativa é realizada pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Ela é aberta aos alunos de escolas públicas e particulares? do ensino fundamental e médio. A finalidade é avaliar a capacidade dos jovens de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de garrafa pet ou de canudo de refrigerante, conforme o nível do aluno.
O projeto também tem como apoiadores a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da Agência Espacial Brasileira (AEB), a Fundação Marcos Pontes, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).