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Projeto em São Gonçalo transforma indivíduos em vulnerabilidade em geradores de renda

Inclusão que Vem das Águas já é visto como maior programa de inclusão social depois do Bolsa Família

Por Portal Eu, Rio! em 21/10/2019 às 15:42:28

Foto: Descartes Jr.

Com base em Itaoca, mais especificamente na Fazenda da Luz, atingindo todo complexo do Salgueiro e com previsão de implantação em todos os municípios do Rio de Janeiro, o projeto IVA - Inclusão que Vem das Águas já é visto como o maior programa de inclusão social depois do bolsa família. Na verdade o IVA vai um pouco além da inclusão, ele transforma indivíduos em vulnerabilidade e insegurança alimentar, sem esperança em empreendedores, capazes de gerar renda e outros empregos.

Após a seleção da famílias, tem início a fase de qualificação durante a qual os participantes recebem todas as informações para criação de peixes, rãs e camarão em tanques que serão instalados em áreas privadas, quintais ou condomínios aquícolas. Durante essa fase, as famílias recebem um auxílio mensal, chamado auxilio inclusão, para que não haja evasão na fase de qualificação e, após a conclusão com aprovação, recebem tanques, juvenis e ração até a primeira despesca.

Cada UPAF Unidade Produtora de Aquicultura Familiar, é capaz de produzir 500kg de peixe por mês, possibilitando uma receita média de R$ 3.000,00 por família. Incialmente é prevista a instalação de 100 por município partindo de São Gonçalo, atingido os 92 município do Estado do Rio de Janeiro, chegando a 9.200 galpões, com produção média de 5 mil toneladas por mês e 20 mil empregos diretos. Porém, um dos maiores benefícios do projeto, além da geração de emprego e renda, é o de tirar da criminalidade jovens que não tiveram oportunidade de emprego e nem de qualificação. Também é prevista a instalação de tanques em unidades prisionais e de acolhimento de menores, visando qualificação dos apenados e redução do custo com alimentação, uma vez que os peixes produzidos poderão ser consumidos nas próprias unidades e o excedente para merenda nas escolas da rede pública.

Segundo o autor do projeto Professor Helvio Costa, o Govenador Witzel não tem medido esforços para superação da crise, mas o Estado passa por um momento muito crítico devido as limitações impostas pelo Regime de Recuperação Fiscal. Por esse motivo o projeto foi todo concebido para funcionar sem financiamento público, com recursos oriundos do FIIVA Fundo Internacional de Inclusão pelas Águas, gerido pelo BBGI Group.

Ainda segundo o professor, existe uma crise global em andamento no que se refere a produção de alimentos e com a implantação do projeto, o Rio poderá não somente encontrar uma alternativa de crescimento que vai além da questão da indústria do petróleo, como também contribuir para produção de alimento no mundo. A iniciativa, é uma influência direta da missão da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura - Food and Agriculture Organization (FAO/ONU), ao declarar que a crise alimentar e a fome no mundo não decorrem, exclusivamente, da ausência de alimentos, mas também de complexas situações sociais de carência de direitos individuais e coletivos capazes de assegurar o controle de processos produtivos. Assim, é possível concluir que a crise alimentar, em muitos países, tem como causa a ausência de um sistema democrático, isto é, a impossibilidade de fruição, por parte dos cidadãos, de direitos relacionados à liberdade civil e política.

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