No último domingo (17), a Associação dos Moradores do Grajaú (AMGRA) protocolou junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) uma denúncia que trata de uma cratera localizada na Rua Comendador Martinelli, uma das vias do bairro. O documento relata que, desde abril deste ano, a associação vem buscando providências para tentat sanar o problema. Entretanto, até o momento, nenhuma medida efetiva foi tomada pelos órgãos responsáveis.
Além de elencar as tentativas frustradas de resolução, o ofício emitido pela AMGRA ainda ressaltou os problemas já causados pelo buraco que apresenta um grande perímetro de extensão e profundidade, bem como tem acumulado água e colocado em risco a integridade física dos moradores. Ainda de acordo com a entidade, o surgimento da cratera foi o resultado do rompimento de uma tubulação.
Depois do ocorrido, foram feitos diversos contatos com a CEDAE e a prefeitura, mas nenhuma ação satisfatória foi realizada no local. Agora, a associação resolveu recorrer a justiça para tentar resolver o caso.
"Foram várias tentativas. Nós tentamos sinalizar a importância da sincronia das ações entre a Cedae, a Rio Águas e Conservação. Segundo as informações da região administrativa e da Superintendência da Grande Tijuca, é preciso que a Secretaria de Conservação venha através da Rio Águas trocar a tubulação que está danificada e então fechar o buraco. Mas de quem é o filho?
Mediante a toda essa gravidade, resolvemos buscar ajuda do MP. Esperamos uma resolução o mais rápido possível, antes que alguma desgraça aconteça", alertou Nice Carvalho, presidente da AMGRA.
Vale ressaltar que a preocupação de quem mora na região também é com o risco de acidentes mais graves, pois na via transitam veículos. Em períodos de chuvas fortes, o acúmulo de água na área pode disfarçar o buraco, ou ainda, facilitar o aumento da extensão, novos deslizamentos e o comprometimento estrutural de algumas residências.
A reportagem do Portal Eu,Rio! entrou em contato com a Secretaria de Conservação, a CEDAE e a Rio Águas para ouvir os órgãos sobre o assunto. Em nota, a CEDAE informou que não atuou e nem há registro de serviço a ser executado em rede da Companhia na aérea. A empresa ainda disse que não é responsável pela dragagem de água das chuvas e nem por galerias de águas pluviais. Já a Rio Águas disse que a Seconserma (Secretaria de Conservação) iria responder a demanda.
Em nota, .a Conservação iinformou que está finalizando o processo de licitação para contratar a empresa que vai realizar a obra de recuperação da Galeria de Drenagem localizada sob a rua Comendador Martinelli, no Grajaú. De acordo com a Secretaria, a obra consiste em uma grande intervenção na via, com escavação, troca de tubulação, entre outros serviços. A Seconserma ainda disse que a previsão de início é para a segunda quinzena de dezembro e término em fevereiro.