O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou, nessa sexta (29), o resultado do Teste Público de Segurança realizado essa semana nas urnas eleitorais que serão usadas nas eleições do ano que vem. Segundo o TSE, foram encontradas duas falhas que não prejudicam o resultado da eleição, mas serão corrigidas pela equipe da Justiça Eleitoral. As falhas encontradas seriam de acesso aos dados dos eleitores e dos candidatos e a possibilidade de alterar algumas palavras. No entanto, o Tribunal Eleitoral afirma que foi impossível alterar o número de votos ou mexer no nome dos candidatos.
“Os participantes se esforçaram para encontrar vulnerabilidades e alguns até encontraram, mas nada que comprometesse o sigilo ou a integridade do voto. De qualquer forma, são problemas que foram detectados e, agora, vamos ter a oportunidade de corrigi-los”, disse Mozart Lima, servidor do TRE-MG e coordenador da comissão de investigação.
O Teste Público de Segurança contou com a participação de 22 investigadores, que ficaram em 5 grupos e executaram 13 planos de ataque às urnas. O grupo 5, que tinha a participação de agentes da PRF, foi quem descobriu as falhas. Além da Polícia Federal, também participaram do teste das barreiras de segurança dos softwares das urnas, funcionários do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) e da Fundação de Apoio à Capacitação em Tecnologia da Informação (Facti),
“O objetivo do TPS não é um desafio. Não estamos aqui desafiando os investigadores. Eles são nossos parceiros, na medida em que tenham um olhar mais preciso e diferenciado para achar pontos de fragilidade. O sistema vai para a eleição muito mais fortalecido”, afirmou Giuseppe Janino, coordenador da Comissão Reguladora do TPS e secretário de TI.
A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, acredita ser positivo o teste realizado nas urnas e agradeceu a atuação da equipe e da participação da sociedade no fortalecimento da segurança do sistema eleitoral.
“É o momento de abertura dos sistemas de segurança ao olhar externo da comunidade científica, dos estudantes, dos partidos políticos, dos cidadãos como um todo. Um chamado para que atuem como hackers e tragam seus planos de testes, com estratégias de ataque às urnas, a fim de identificar possíveis e eventuais vulnerabilidades e falhas relacionadas à violação da integridade ou do anonimato do voto nas eleições”, disse a presidente do TSE.