Com microchipagem de animais de estimação e cães e gatos já castrados e chipados oferecidos para adoção, a Prefeitura do Rio participa neste domingo, dia 1, de um evento inovador que busca a integração dos pets com suas famílias. É a Rio Parada Pet, que começa às 8h com a Cãominhada que sai às 8h do Jardim de Alah e segue até a Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, palco de uma série de atividades oferecidas até 13h, como aulão de funcional, yoga, agility e adestramento. Já em clima de Natal, haverá uma poltrona de Papai Noel para fotos, com árvore e bolas preenchidas na hora com fotos de animais presentes.
"Além do Rio, a feira acontecerá em São Paulo no próximo dia 15. Escolhemos essas duas capitais porque, juntas, elas concentram 40% do total de pets do país. E até por isso buscamos a parceria da Prefeitura para reforçarmos programas importantes como a chipagem e a adoção, algumas das novidades de nosso evento", explica a produtora cultural Gaby Saboya, organizadora da feira.
Ações da Prefeitura - A microchipagem será oferecida pela Subsecretaria de Vigilância Sanitária de Controle de Zoonoses (Subvisa), que levará cães e gatos (todos já chipados e castrados) para a adoção, incentivada também pela Subsecretaria de Bem Estar Animal (Subem) em um espaço que vai oferecer alguns dos mais de 800 animais acolhidos na Fazenda Modelo, em Guaratiba. Em 16 de setembro último, com o lançamento da plataforma digital Sisbicho, a chipagem passou a ser obrigatória a todos os estabelecimentos que comercializam bichos, a serem cadastrados no Registro Geral de Animais do Município, com direito à carteira oficial de identificação com foto e tudo. Inédito no estado, o programa permite uma série de avanços na prevenção de riscos à saúde pública.
Dados como nome, raça, data de nascimento e o número do chip – que facilita o embarque dos bichos em voos e auxilia a identificação dos que fugirem, estiverem perdidos ou forem roubados - ficam no novo sistema. O acesso é pelo portal da Prefeitura ou pelo endereço sisbicho.rio. Entre outras vantagens, o município poderá dimensionar a quantidade de animais existentes em cada região, fundamental para a definição de ações de saúde pública, como campanhas de vacinação contra raiva e castrações. O RGA é único e permanente, como a carteira de identidade civil. O Rio é o primeiro dos 92 municípios fluminenses a implantar o RGA, e está entre as dez capitais brasileiras a ter este serviço instituído pelo Decreto Rio 46.485, de 16 de setembro de 2019.
A microchipagem não dói, é rápida e segura, possibilita o cadastramento do pet do RGA e é oferecida gratuitamente nas duas unidades de zoonoses da Vigilância para quem castra o animal, como incentivo a esta importane política pública de saúde. Já para os que não querem castrar, o chip com o cadastro no RGA custa R$ 25,00, muito abaixo dos até R$ 400,00 cobrados em clínicas veterinárias particulares.
"Existem vários benefícios importantes do microchip. Se o animal fugir, se perder ou mesmo for roubado, você pode buscar ajuda em uma das nossas unidades de zoonoses ou em uma das 200 clínicas já credenciadas pela Vigilância para terem acesso ao RGA", orienta a subsecretária de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses, Márcia Rolim.
Depois de receber o chip, o animal é cadastrado e ganha a carteirinha com foto. No cadastro online ficam os dados que facilita o embarque dos bichos em voos e auxilia a identificação dos que fugirem, estiverem perdidos ou forem roubados.
"A função do RGA é, em primeiro lugar, identificar o animal, dar uma identidade para ele. Em segundo, é vincular esse animal ao proprietário. Quando o dono registra o animal, constam dados como o CPF, telefone, e-mail e endereço no registro geral que é acessado apenas por profissionais cadastrados. Esses dados ajudam a localizar o dono. O RGA é também uma ferramenta de posse responsável, que evita o abandono de animais e é fundamental para a definição de ações de prevenção de riscos à saúde pública, como o dimensionamento do número de animais que existem na cidade. Assim, podemos planejar melhor as políticas públicas de controle de zoonoses, como a vacinação antirrábica e a castração dos animais que fazem parte dos programas de controle populacional", diz Márcia Rolim.
Números pet - No Brasil, 44,3% dos 65 milhões de residências domicílios têm, pelo menos, um cachorro e 17,7% ao menos um gato, de acordo com dados de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que contabilizam 139,3 milhões de animais de estimação em todo o país. A previsão é que, em cinco anos, a população pet ultrapasse os 163,6 milhões no país, um acréscimo de 17%.