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Projeto social de dança precisa de patrocínio para continuar transformando vidas

O Vidançar atende alunos de três comunidades cariocas

Por Jonas Feliciano em 10/12/2019 às 20:48:42

Imagem: Divulgação

Desde 2009, o projeto Vidançar leva a dança de forma gratuita para jovens do Complexo do Alemão, da Tijuca e do Complexo da Penha. A inciativa desenvolve aulas de balé clássico, contemporâneo e passinho e atende alunos das comunidades. Por meio dessa proposta de desenvolvimento e capacitação, já conseguiu aprovar dois alunos na Escola de Balé Bolshoi, oito na Escola Maria Olenewa, do Theatro Municipal e mais oito na Escola Petite Danse.

Além disso, sete jovens que passaram pelo projeto foram admitidos no Conservatório Brasileiro de Dança e outra aluna no Centro de Movimento Deborah Colker. As crianças também são acompanhadas no âmbito educacional, onde aprendem valores como responsabilidade e disciplina.

Imagem: Divulgação

A ação social começou por iniciativa da advogada e produtora cultural, Ellen Serra, que pagava do próprio bolso aulas de ballet para crianças e adolescentes no Complexo do Alemão. Ela cresceu tanto e alcançou tantas conquistas que acabou se tornando um caminho profissionalizante.

Entretanto, há alguns anos, vem precisando de patrocínio, pois os custos de manuntenção cresceram e são bem maiores que no início. Atualmente, o patrocinador que ajudava o projeto não poderá mais apoiá-lo e, em 2020, o Vidançar só vai conseguir continuar se encontrar um novo financiador.

"Em 2020, nós faremos dez anos. Em todo esse tempo, a gente só teve apoio durante quatro anos. Nos últimos dois, recebemos ajuda da Prefeitura do Rio, mais isso acabou no mês de outubro. Quando eu trabalhava, conseguia manter o projeto com o dinheiro do meu próprio bolso. Porém, com essa crise, estou passando por uma situação muito difícil e não tenho mais condições de pagar a equipe que trabalha conosco", destacou Ellen.

Imagem: Divulgação

A idealizadora ressaltou que a iniciativa é a única no Rio de Janeiro que tem professores gabaritados e que preparam os estudantes para grandes audições.

"Não somos apenas um projeto de ocupação do tempo ocioso. De fato, damos oportunidade a essas crianças, que não têm condições de pagar por uma boa escola. Preparamos para as seleções. Tenho uma rede de amigos que fazem vaquinha para manter as crianças dentro das escolas. Conseguimos mudar a vida dos alunos pela dança. Nosso slogan é mudando vidas através da dança", explicou.

Ellen ainda contou que o Vidançar está cadastrado na Lei Municipal de Incentivo Carioca (ISS). Contudo, é preciso captar o valor mínimo de R$ 327.795,00 para que seja garantido o financiamento das atividades durante todo o ano de 2020.

"Esse dinheiro sustentaria os três pólos, mas, até o momento, só conseguimos arrecadar R$ 100 mil. O valor foi doado pela empresa Brasil Brokens. Contudo, precisamos ter o restante, pois a Prefeitura exige. A gente tem que completar o montante através de outra marca que tope participar pela lei de incentivo. Tem várias empresas que podem patrocinar pelo programa, mas ainda continuamos tentando. Só assim vamos poder seguir transformando a vida de outras crianças e jovens", concluiu.

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