TOPO - PRINCIPAL 1190X148

São João de Meriti lança campanha de Prevenção ao Desaparecimento de Pessoas

Baixada Fluminense tem uma média de 14 desaparecidos por dia, diz secretário.

Por André Uchôa em 11/12/2019 às 18:55:05

Maria José Silva, mãe de Maikon Lima da Silva, disse que o mais difícil na busca do filho desaparecido são as barreiras encontradas no percurso. Foto: Divulgação

Ter um ente querido desaparecido pode se tornar um grande drama para uma família. Todos os dias ouvimos histórias de pessoas que não sabe, ao menos, o paradeiro de seu parente. Para driblar essa situação, a Prefeitura de São João de Meriti lançou a Campanha Municipal de Prevenção ao Desaparecimento de Pessoas nesta quarta-feira (11).

A campanha visa discutir e estabelecer estratégias para desenvolver políticas públicas de enfrentamento aos altos índices de desaparecimento de pessoas na Baixada Fluminense.

Os participantes do movimento também realizaram uma caminhada e panfletagem para a conscientizar as pessoas sobre as práticas preventivas ao desaparecimento e ainda contou com a presença do subsecretário Estadual de Promoção, Defesa e Garantia de Direitos Humanos, Thiago Miranda, e representantes da Defensoria Pública da União e do Tribunal de Justiça do Estado.

O secretário municipal de Cultura, Lazer, Direitos Humanos e Igualdade Racial, Marcelo Rosa, participou do evento e falou da importância de discutir o papel da política nesse processo.

“A Baixada Fluminense tem uma média de 14 desaparecidos por dia e venho acompanhando a luta dessas mães de perto. Por isso, estamos fazendo todo o possível para ajudar nessa causa e atender às reivindicações dessas pessoas”, afirmou

A coordenadora de Desaparecidos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Jovita Belfort, mãe de Priscila Belfort, desaparecida há 15 anos falou sobre a elaboração de ações que está desenvolvendo frente ao órgão para facilitar a vida da família com entes desaparecidos:

“O drama de uma família com o desaparecimento de uma pessoa é bem penoso. Estamos lutando para facilitar a busca deles. Além de uma delegacia especializada no assunto para a região, reivindicamos também a passagem de transporte público gratuito para essas pessoas porque elas nunca param de procurar, outras alternativas também estão sendo estudadas”, disse.

Barreiras

Para a dona de casa e representante do grupo de apoio Mãe Virtuosa, Maria José Silva, 53 anos, o mais difícil na busca do filho desaparecido são as barreiras encontradas no percurso:

“Meu filho desapareceu em fevereiro de 2010, na época não tive muito apoio da polícia porque era Carnaval e eles pediram pra esperar a festa acabar e aguardar o seu retorno em casa. Depois de muitas idas e vindas à delegacia, procurei ajuda na justiça. Logo após, comecei a fazer parte desse grupo de mães para reivindicar de órgãos públicos políticas voltadas para nós”, declarou.



POSIÇÃO 3 - ALERJ 1190X148POSIÇÃO 3 - ALERJ 1190X148
Saiba como criar um Portal de Notícias Administrável com Hotfix Press.