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Milícia de PMs é suspeita de matar chefe do tráfico na Zona Sul e tomar mochila que teria dinheiro

Crime ocorreu em julho e está sob investigação

Por Mario Hugo Monken em 16/12/2019 às 10:31:33

Três policiais militares são réus em um processo que tramita na Justiça que apura o assassinato do chefe do tráfico da Favela Pereira da Silva, o Pereirão, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, cometido em julho.

Segundo investigações, eles formariam uma milícia privada para a prática de homicídios e outros crimes graves. Na ocasião do fato, o bandido carregava uma mochila contendo entre R$ 300 mil e R$ 500 mil. Essa bolsa teria sido retirada das costas dele, que foi morto com um tiro na cabeça. Dois dos PMs estão presos, sendo que um deles foi baleado na ação.
Como foi o fato

Uma testemunha contou que pelo menos dois dos PMs e mais uma pessoa a quem chamou de 'homem forte' chegaram até a uma casa de repouso em Santa Teresa que servia de passagem de traficantes do Pereirão no dia 7 de julho. O 'homem forte' teria dito a ela: "Senta na cadeira, trabalha normal que a campainha vai tocar daqui a pouco e você vai abrir".

Em seguida, chegaram dois integrantes do tráfico do Pereirão. A testemunha disse ter ouvido disparos. Cessados os tiros, o 'homem forte' determinou que a testemunha desconectasse os cabos das câmeras e entregasse o aparelho DVR, para que a filmagem fosse levada.

A testemunha relatou que viu uma vítima caída no chão, reconhecendo-a como chefe do tráfico da comunidade, Leonardo Andrade da Silva, o Léo Bracinho. Disse que um dos suspeitos retirou uma mochila das costas do homem morto e que ele foi atingido por um tiro na cabeça.

No depoimento, o comunicante afirmou ainda que, após o crime, os milicianos pararam um táxi que estava no local, todos entraram e o líder do grupo determinou que o motorista seguisse e parasse atrás de um veículo estacionado.

Outra testemunha, que trabalha nas proximidades, afirmou em sede policial que a vítima, conhecida como chefe do tráfico do local, passava todo domingo pelo local onde foi atingida. Esclareceu que soube por populares que quando foi atingida carregava uma mochila com dinheiro do tráfico, cerca de 300 mil a 500 mil reais.
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