Segundo o depoimento da vítima, pproprietária da barraca, os milicianos foram até ela e falaram que estavam tomando conta da localidade e, por isso, "estavam pedindo um 'dinheirinho' por esta segurança" A comerciante disse que não tinha como pagar porque ganhava muito pouco.
Os criminosos, então, falaram que ela iria "pagar pouquinho": R$ 30 e, na semana seguinte, R$ 50. Os bandidos disseram que era para a vítima ir vendendo seus produtos e guardando o dinheiro para pagá-los.
A comerciante revelou ainda, em seu depoimento, que os milicianos falaram que, se ela estivesse com a barraca fechada, iriam obrigá-la a abrir. Após a ameaça, ela foi à delegacia registrar a ocorrência.
Já com outro comerciante, que vendia balas e biscoitos, os milicianos disseram que, se ele não pagasse o valor solicitado, ficaria proibido de abrir seu negócio. Os bandidos, um dele com uma arma de fogo, teriam lhe dito: "é assim com você e com todo mundo: ou paga ou não abre a barraca".
Os criminosos utilizavam um Gol Branco e percorriam os estabelecimentos comerciais da região para ameaçar os proprietários a pagar a taxa de segurança. Quando os suspeitos foram presos, os policiais encontraram um retalho de papel branco com a relação de alguns estabelecimentos que seriam obrigados a pagar a taxa. Entre eles, borracheiros, oficinas, lanterneiros, mercados, padarias, bares e loja de material de construção.