Metallica volta ao Brasil e Rio fica de fora

O ano de 2020 iniciou e com ele foram atualizadas as expectativas para a próxima passagem da turnê do Metallica pelo Brasil. A banda está em hiato desde setembro de 2019, por conta da entrada de seu vocalista e guitarrista, James Hetfield, em um programa de reabilitação, tendo inclusive cancelado a turnê que faria na Austrália. Assim, os shows na América do Sul marcarão o retorno da banda aos palcos após sete meses.

Apesar de figurinha carimbada pelos palcos brasileiros na última década, essa será a primeira vez em 10 anos que o quarteto de heavy metal, formado ainda por Kirk Hammett (guitarra), Lars Ulrich (Bateria) e Robert Trujillo (Baixo), fará uma turnê por várias cidades do país. A última vez que o Metallica excursionou por terras brasileiras foi em 2010 durante a World Magnetic Tour, na ocasião as cidades que receberam a banda foram Porto Alegre e São Paulo, a última recebendo dois shows.

Os shows da atual turnê, intitulada WorldWired Tour, passarão por quatro cidades durante o mês de abril: dia 21, na Arena do Grêmio em Porto Alegre/RS, dia 23, no Estádio Couto Pereira em Curitiba/PR, dia 25, no Estádio do Morumbi em São Paulo/SP e dia 27 no Estádio do Mineirão em Belo Horizonte/MG. Junto com o Metallica estarão as bandas Greta Van Fleet, dos Estados Unidos, que vem ganhando bastante destaque na cena rock mundial nos últimos anos, e a banda brasileira Ego Kill Talent.

O Rio, segunda cidade que mais recebeu shows da banda britânica no País, três deles em edições do Rock In Rio, dessa vez ficou de fora. Os headbangers cariocas e fluminense que tenham a disposição para pôr o pé na estrada encontrarão ingressos disponíveis para três dos quatro shows, São Paulo é o único em que as entradas já esgotaram. O site oficial de vendas é o Eventim.


O Metallica tem uma história de longa data com os fãs brasileiros. Estão completando 31 anos desde que a banda se apresentou por aqui pela primeira vez, no distante ano de 1989. Com os quatro shows agendados para este ano de 2020, a banda completará a impressiva marca de 20 shows no Brasil. O primeiro deles aconteceu em 4 de outubro de 1989, no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro/RJ, cidade onde a banda já tocou por cinco vezes, três delas durante edições recentes do Rock In Rio (2011, 2013 e 2015). Além de show no Flamengo, em 1999.

São Paulo já recebeu nove apresentações deles ao longo dos anos, a primeira delas em 6 de outubro de 1989, no Estádio do Ibirapuera e, a mais recente passagem deles por aqui, no dia 25 de março de 2017, no Festival Lollapalooza. A capital gaúcha, Porto Alegre, viu o Metallica tocar por duas vezes. A primeira delas em 6 de maio de 1999, no Jockey Club, e a mais recente em 28 de janeiro de 2010, no Parque Condor. Belo Horizonte e Curitiba estão pela primeira vez na rota do quarteto, algo que torna ainda mais especial esta turnê de 2020.

O setlist da banda é algo que está em constante mutação. Apesar dos grandes clássicos como ‘Seek and Destroy’, ‘For Whom The Bell Tolls’, ‘Master of Puppets’, ‘One’, ‘Enter Sandman’ e ‘Sad But True’ terem lugar cativo e garantido em praticamente todos os shows, a banda gosta de variar bastante as demais músicas que compõe o set de 18 canções e cerca de 2h de espetáculo. Ao todo os fãs brasileiros já viram 56 músicas diferentes serem tocadas no país:

‘Hit the Lights’, ‘Motorbreath’, ‘Phantom Lord’, ‘Seek & Destroy’, ‘The Four Horseman’ e ‘Whiplash’ de seu álbum de estreia ‘Kill’em All’ (1983).

‘Creeping Death’, ‘Fade to Black’, ‘Fight Fire With Fire’, ‘For Whom the Bell Tolls’ e ‘Ride the Lightning’ do álbum ‘Ride the Lightning’ (1984).

‘Battery’, ‘Damage, Inc.’, ‘Master of Puppets’, ‘Orion’, ‘The Thing That Should Not Be’ e ‘Welcome Home (Sanitarium)’ do aclamado ‘Master Of Puppets’ (1986).

‘…And Justice for All’, ‘Blackened’, ‘Harvester of Sorrow’, ‘One’ e ‘The Frayed Ends of Sanity’ do álbum ‘…And Justice For All’ (1988).

‘Enter Sandman’, ‘Holier Than Thou’, ‘Nothing Else Matters’, ‘Of Wolf and Man’, ‘Sad But True’, ‘The Unforgiven’, ‘Through the Never’ e ‘Wherever I May Roam’ do álbum preto de 1991.

‘Bleeding Me’ e ‘King Nothing’ do ‘Load’ (1996).

‘Fuel’ e ‘The Memory Remais’ do ‘Reload’ (1997).

‘All Nightmare Long’, ‘Broken, Beat & Scarred’, ‘Cyanide’, ‘My Apocalypse’, ‘That Was Just Your Life’, ‘The Day That Never Comes’ e ‘The End of the Line’ do álbum ‘Death Magnetic’ (2008).

‘Atlas, Rise!’, ‘Hardwired’, ‘Halo on Fire’, ‘Moth Into Flame’, ‘Now That We’re Dead’ e ‘Lords of Summer’ do álbum ‘Hardwired to Self Destruct’ (2016).

Além dos covers de ‘Am I Evil?’, ‘Blitzkrieg’, ‘Breadfan’, ‘Die, Die My Darling’, ‘Helpless’, ‘Last Caress’, ‘Stone Cold Crazy’, ‘Turn the Page’ e ‘Whiskey in the Jar’.