Milicianos teriam um suposto plano para resgatar do Batalhão Especial Prisional (BEP) um policial militar acusado de participar de uma organização criminosa voltada para o tráfico de armas.
Por conta disso, a Justiça determinou a transferência do PM para um presídio de segurança máxima na Zona Oeste do Rio. Entretanto, a defesa do policial recorreu e ele permanece no BEP.
A quadrilha do qual o PM fazia parte fornecia armas para a milícia. O policial teria envolvimento com Wellington da Silva Braga, o Ecko, chefe da Liga da Justiça, o maior grupo paramilitar do Rio.
A Justiça alegou, para transferir o preso, de que o BEP - localizado em Niterói - não dispõe de estrutura adequada para abrigar um detento de tamanha periculosidade. Por isso, houve a necessidade de transferência do réu para uma unidade prisional com nível de segurança mais elevado.
O grupo ao qual pertencia esse policial possuía estruturado um esquema associativo que objetivava altos ganhos financeiros por meio de reiterados crimes de comércio ilegal de armas de fogo e munições de uso restrito. O material era transportado desde a região de fronteira com o Paraguai para a venda em solo fluminense a outras organizações delinquentes, com quem interagia, de grandes quantidades de material bélico ilícito, de uso restrito e comercialização proscrita no país.
A denúncia relata que a organização criminosa chegou a operar por meses, desde 2017 até recentemente, pondo em prática o plano global de tráfico interestadual de armas e munições, com efetiva e contínua atuação plurilocal entre a porção sul de Mato Grosso do Sul, o oeste do Paraná e a região metropolitana do Rio de Janeiro, e pelas Comarcas nas rotas de rodovias federais que ligam aquelas localidades.
A investigação policial conseguiu vincular à organização criminosa que integram os denunciados vultosos carregamentos de munições e armas ilegais aprendidos em rodovias neste Estado. A denúncia descreve a divisão de tarefas e de hierarquia característicos desse tipo de organização criminosa e outros crimes frutos da atuação dos delinquentes, inclusive com firmes laços e negociações com outros grupos delinquentes, como a milícia e a contravenção.