Se não bastasse a má qualidade apresentada na coloração e cheiro da água em 170 bairros e em várias regiões do Rio, agora a Companhia Estadual de Água e Esgotos enfrenta outro problema. Ontem, a Cedae confirmou ter encontrado detergente na água bruta que chega até a estação de tratamento. Após 15 horas o abastecimento foi normalizado.
Já nesta terça-feira (4), a equipe da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados retornaram à Estação de Tratamento do Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para averiguar os apontamentos da Companhia. Depois da visita das autoridades, a Cedae retomou o abastecimento de água.
A empresa informou na segunda (3) que as analises laboratoriais identificaram a presença de surfactantes (detergentes) no Guandu. Para garantir a segurança hídrica, a concessionária responsável pela distribuição da água tratada decidiu fechar as comportas da entrada do canal principal.
Segundo a Cedae, o material foi arrastado pelas fortes chuvas registradas na Região Metropolitana do Rio desde a noite de domingo (02). A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) já foram informados do fato para iniciarem os respectivos procedimentos.
Em nota, a Cedae disse que “técnicos da Companhia permanecerão monitorando a captação de água até que a concentração destas substâncias não represente risco à operação da estação”, conclui a nota.
Desde o inicio deste ano, os moradores da cidade do Rio e algumas cidades da Baixada Fluminense relataram alterações no gosto e forte cheiro que a água apresentou. Na época, a Cedae atribuiu o problema à presença da enzima geosmina, após ter contato com microalgas. Segundo a concessionária, as alterações não prejudicam a saúde das pessoas.