Gatito salva Botafogo nos pênaltis contra o Náutico após empate: 1 a 1

Duas defesas que valeram R$ 1,5 milhão de reais para os cofres e uma imensa felicidade para jogadores, comissão técnica, diretoria e a torcida alvinegra. Após o empate em 1 a 1 com o Náutico, o goleiro Gatito Fernandez brilhou nas cobranças de pênaltis, desta vez pela Copa do Brasil, e classificou o Botafogo para a terceira fase da competição.

Gatito pegou duas das cinco cobranças do Náutico e chegou à impressionante marca de 12 pênaltis defendidos com a camisa do Glorioso. Classificado, o Botafogo enfrenta o vencedor de Paraná Clube (PR) e Bahia de Feira de Santana (BA) na terceira fase. As equipes decidem quem passa na próxima quarta-feira, dia 26. que decidem a classificação para a terceira fase no dia 26

O Botafogo volta a jogar no dia 2 de março, contra o Boavista, pela primeira rodada da Taça Rio. Já o Náutico tem compromisso já nesta sexta, dia 21, diante do Central, pelo Campeonato Pernambucano.

Náutico começa melhor

Quem deu as cartas desde o início da primeira etapa foi o Náutico. Logo no primeiro minuto de jogo, Erick cruzou da intermediária, Matheus Carvalho cabeceou e Gatito fez grande defesa.

Com problema sério de criatividade no meio de campo, o Botafogo respondeu apenas no décimo minuto de jogo, quando, na intermediária pelo lado direito, Barrandeguy serviu Bruno Nazário, que chutou de fora da área, a bola desviou na zaga e obrigou Jefferson a fazer grande defesa, espalmando para o lado.

Sete minutos depois, na única jogada mais trabalhada do alvinegro no primeiro tempo, a bola saiu da direita e parou com Cícero à esquerda da área do Náutico. O atacante cruzou e, na pequena área, Danilo Barcelos cabeceou para fora.

Muitas faltas, pouco futebol

A partir daí o jogo, embora muito dinâmico, deixou de gerar situações de perigo. As equipes passaram a interromper quaisquer tentativas do adversário com faltas e os resultados disso foram uma partida truncada e com três cartões amarelos na primeira etapa, todos por entradas temerárias.

Perto do fim, o primeiro tempo voltou a ter alguma qualidade técnica aos 24 minutos, quando Cícero recebeu lançamento de Thiaguinho pela esquerda e bateu cruzado, mas para fora.

Náutico faz o primeiro e quase o segundo

O lance de perigo acordou o Náutico, que chegou ao gol aos 43: Paiva recebeu na esquerda perto da área, passou para Jean Carlos que, de primeira e de perna esquerda, bateu cruzado, sem chances para Gatito. No minuto seguinte, novamente Jean Carlos quase fez o segundo, após arrancar da intermediária e bater para grande defesa do goleiro botafoguense, que espalmou a escanteio.

Botafogo busca empate

A segunda etapa começou com Pedro Raul no lugar de Cícero. Não necessariamente pela alteração e muito mais por necessidade, o Botafogo iniciou a etapa com mais volume de jogo. O aparente domínio das ações, no entanto, era inócuo.

Como o Náutico pouco tentava o ataque e parecia apostar em manter o resultado pelo placar mínimo, a partida acabou retomando o que teve de pior no primeiro tempo: muitas faltas e um clima cada vez mais tenso.

O alívio, pelo menos para os botafoguenses, veio aos 23 minutos. Luiz Fernando, que acabara de entrar em campo, recebeu na direita e cruzou na cabeça de Bruno Nazário, que desviou sem chances para Jefferson.

Náutico perde gols

O gol de empate animou o jogo, e as duas equipes esbanjaram vontade de fazer o segundo gol e evitar a disputa de pênaltis. Chance clara de gol, porém, só voltou a acontecer aos 33, quando Erick serviu Hereda pela direita e este cruzou para Jorge Henrique furar dentro da pequena área.

Quatro minutos depois, Erick recebeu de Jorge Henrique e, de frente para Gatito, tentou tirar do goleiro, que salvou com o pé direito. As duas equipes seguiram buscando o ataque, mas com menos intensidade, e o jogo foi para a decisão por pênaltis.

Sofrimento até o fim e Náutico para em Gatito

O Botafogo iniciou batendo as cobranças de pênaltis e Pedro Raul abriu o placar batendo alto no canto direito. Jean Carlos cobrou o primeiro do Náutico à esquerda de Gatito, que acertou o canto mas não chegou a tempo. Na segunda cobrança alvinegra, Alex Santana bateu à meia altura, no canto direito de Jefferson, que pulou para a esquerda.

Ronaldo Alves bateu o segundo do Náutico no canto direito e parou em Gatito. Em seguida, Luiz Fernando bateu no mesmo canto, da mesma forma e o resultado foi idêntico: Jefferson pegou. Jhonnatan cobrou o terceiro do Timbu, escolheu o canto direito, deslocou Gatito em empatou: 2 a 2.

O quarto pênalti do Botafogo foi batido por Bruno Nazário, que acertou a trave esquerda de Jefferson e em seguida a bola entrou. Um susto! Josa em seguida fez o terceiro do Náutico, também na base do susto, porque Gatito saltou para o canto esquerdo e chegou a tocar na bola antes que ela entrasse.

Danilo Barcelos converteu a quinta cobrança sem maiores problemas, batendo na direita do goleiro, que pulou para a esquerda. Aí brilhou a estrela de Gatito, que pegou a batida de Paiva no canto direito e garantiu a classificação alvinegra.

FICHA TÉCNICA

NÁUTICO 1 (3) X (4) 1 BOTAFOGO

Local: Estádio dos Aflitos, em Recife (PE)

Data: 19 de fevereiro de 2020

Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO)

Assistentes: Leone Carvalho Rocha (GO) e Edson Antonio de Sousa (GO)

Gols: Jean Carlos, aos 43" do primeiro tempo; Bruno Nazário, aos 23" do segundo tempo.

Cartões Amarelos: Matheus Carvalho, Rhaldney, Josa (NAU); Danilo Barcelos, Barrandeguy, Thiaguinho, Gatito Fernandez (BOT).

NÁUTICO

Jefferson, Hereda, Ronaldo Alves, Diego e Willian Simões; Luanderson (Josa), Jean Carlos e Rhaldney (Jhonnathan); Paiva, Matheus Carvalho (Jorge Henrique) e Erick.

Técnico: Gilmar Dal Pozzo

BOTAFOGO

Gatito Fernandez, Barrandeguy, Marcelo Benevenuto, Ruan Renato e Guilherme (Luiz Fernando); Thiaguinho, Alex Santana, Danilo Barcelos e Bruno Nazário; Luís Henrique (Warley) e Cícero (Pedro Raul).

Técnico: Paulo Autuori