A Acadêmicos de Vigário Geral abriu a primeira noite de desfiles da Série A com críticas ao presidente Jair Bolsonaro. A escola veio falando sobre as histórias, nem sempre baseadas na realidade, que contam do Brasil, desde os tempos do descobrimento. O desfile contou com o enredo "O conto do vigário", dos carnavalescos Alexandre Costa, Lino Salles, Marcus do Val e Rodrigo Almeida
Um tripé que trazia um palhaço com uma faixa presidencial chamou a atenção do público . A escultura imitava uma arma com uma das mãos. O Setor 2 ficou dividido entre aplausos e vaias. Já no setor 3, a maioria vaiou o tripé.
A ala "Bloco Sujo" fazia referência aos blocos de rua que se manifestam contra o descaso do poder público, com setores da sociedade. Os componentes vieram vestidos de palhaço, diabo, marinheiro e melindrosa, carregando estandartes com "Educação", "Cultura", "Saúde" e "Democracia" escritos.
Antes do desfile, representantes da Liga das Escolas de Samba do Rio (Lierj), que organiza o desfile da Série A, apresentaram uma faixa com apelos ao governador Wilson Witzel, no Setor 1. Eles reclamaram que a Série A "sofre pela falta de apoio do poder público". Segundo a direção da liga, que representa a Série A, as escolas estão "agonizando".
Indagado sobre a manifestação, o presidente da Riotur, Marcelo Alves, disse que "esse é um protesto democrático".