Na manhã deste sábado (7), pelo Twitter, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro pediram a prisão de Rodrigo Maia, o atual presidente do Congresso Nacional. A hashtag #EuQueroMaianaCadeia ficou entre os assuntos mais comentados da rede. A mobilização virtual foi uma resposta à fala de Maia sobre um decreto de Bolsonaro que restringiu o uso dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para o transporte de autoridades.
Segundo os bolsonaristas, as declarações de Maia em um evento da Fundação Fernando Henrique Cardoso, que aaconteceu ontem (6), em São Paulo, foram uma retaliação à decisão do governo. Na ocasião, ele criticou a postura da presidência nas redes sociais.
"Desde o início o governo tem uma estratégia nas redes sociais de --o governo que eu digo é o entorno do governo, as redes sociais que o governo influencia-- tem operado de forma a criar as instituições muitas vezes como inimigas da sociedade, o que não é verdade", afirmou Maia, em entrevista ao G1.
Vale destacar que na última quinta-feira (5), o Palácio do Planalto anunciou a edição do decreto pelo presidente Jair Bolsonaro. Ontem (6), o documento foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).
Entre as principais medidas estão o fim do uso de aeronaves da FAB para deslocamento ao local de residência. Além disso, há a imposição do compartilhamento de aeronaves entre autoridades no caso de voos para o mesmo destino em horários mais ou menos próximos. As autoridades também vão precisar obedecer as novas regras sobre a comprovação, o registro e a divulgação dos motivos que levaram à viagem.
A reportagem do portal Eu,Rio! procurou a assessoria de Rodrigo Maia, mas o presidente do Congresso preferiu não se pronunciar sobre a polêmica.