O presidente da Federação Internacional do Futebol (Fifa) Gianni Infantino foi categórico em entrevista publicada hoje (23) na Gazeta Dello Sport, principal publicação esportiva da Itália. "Primeiro vem a sáude, depois todo o resto". O dirigente afirma ainda que as partidas de futebol só voltarão a acontecer quando for “possível” e recomendou às federações e ligas que sigam as determinações dos governos locais.
O dirigente de 50 anos, no comando da Fifa desde 2016, também avaliou a possibilidade de aproveitar a suspensão dos principais campeonatos de futebol do mundo - consequência imediata pós avanço da pandemia do novo coronavírus (covid-19) - para estudar um novo calendário para a modalidade. “Não sabemos quando voltaremos à normalidade. Mas vamos olhar as oportunidades. Talvez possamos reformar o futebol mundial dando um passo atrás. Com diferentes formatos e menos torneios”, pontua o ítalo-suíco, enfatizando que o momento é de sacrifício para todos e de trabalho conjunto com a UEFA e a Commebol.
“Agora temos que pensar no momento dos clubes e nas decisões sobre a regulamentação do status dos jogadores e transferências. Temos que pensar em proteger contratos. Medidas são necessárias. Será difícil, mas não há outra opção”, conclui Infantino, que estuda uma ajuda econômica a federações que irão viver dias de aperto financeiro sem o espetáculo da bola.
Por conta do avanço da pandemia do novo coronavírus, ninguém tem ideia de quando o futebol voltará a ser disputado. Algumas ligas especulam que o retorno poderá ser maio; outras pensam que só em junho. O mais próximo do consenso é que todos os jogos desta temporada chegue ao fim com portões fechados.
Agência Brasil