Em meio à pandemia do novo coronavírus e a necessidade das pessoas de lavarem as mãos com água e sabão para se prevenirem, está faltando água em diversas comunidades e bairros do subúrbio do Rio de Janeiro. Cariocas têm denunciado o problema nas redes sociais e até na página da Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto) no Facebook.
Cascadura, Pilares, Madureira (Morro da Serrinha), Brás de Pina, Vila da Penha, na Zona Norte; além de Cosmos, Paciência, Praça Seca e Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste; e comunidade de Santa Marta, no bairro de Botafogo, na Zona Sul, estão entre os locais onde falta água, segundo os moradores.
"A Serrinha está sofrendo com isso desde o começo do ano e nada é feito", denunciou uma internauta moradora da região. "As vilas situadas na Rua Itamarati, em Cascadura, estão sem água", contou outra internauta. "Só falta a água. Pilares não tem", denunciou outra moradora.
"Zona Oeste sem água. Cosmos e vários outros bairros próximos", denunciou outra internauta. "Rua Jacuí, em Brás de Pina, sem água. Como fazer higienização em tempos de pandemia", queixou-se uma moradora da região. "Parece piada. Três dias sem água. Pedra de Guaratiba está sem nada", queixou-se um morador. "Cadê a água no meu bairro Paciência¿", reclamou outro internauta. "Praça Seca sem água", lamentou um morador do bairro. "Está faltando água em São Cristóvão", contou outro morador.
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) procurada pela nossa reportagem, informou, através de assessoria de imprensa, que está colocando nas ruas esta semana, em caráter emergencial, 40 novos caminhões pipa alugados para atender prioritariamente comunidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Com a medida, a companhia busca atender com mais celeridade localidades que apresentem solicitações de abastecimento e maior demanda por água, em decorrência da necessidade de controle da expansão do novo coronavírus no Brasil. Somente em comunidades da Região Metropolitana, foram realizados 183 atendimentos do dia 16 ao último dia 20. Vale lembrar que a Cedae mantém núcleos permanentes de atendimento no interior das comunidades, em contato direto com moradores e associações. A companhia pede à população local para não manusear e interferir nos equipamentos da empresa, como registros e bombas, pois podem acarretar prejuízos e desabastecimento de água de outros moradores.
A Cedae busca viabilizar junto às prefeituras, associações de moradores e outros entes formas de atuar nas áreas informais, em localidades que não possuem redes de distribuição nem acesso para veículos de maior porte, procurando soluções para o fornecimento de água. Todos estão passando por um período jamais visto na história recente. O Rio tem o agravante da grande expansão de comunidades, sem controle do uso do solo e sem infraestrutura.
Para o presidente da Cedae, Renato Lima do Espírito Santo, no entanto, neste momento, não cabe apontar culpados pela desordem urbana.
"A hora é de agir. As equipes das atividades operacionais da Cedae estão trabalhando e o sistema de abastecimento está operando sem interrupções. A Companhia está ciente de sua responsabilidade em prestar total atendimento às necessidades da população neste difícil momento. Esta semana, mais 40 caminhões pipa reforçarão as ações e estamos buscando atuação com as prefeituras. Qualquer registro de falta d'água está sendo identificado e prontamente atendido ", afirma o presidente.
Ainda de acordo com a estatal, devido às medidas adotadas para conter a disseminação do novo coronavírus, houve aumento significativo no consumo domiciliar de água. O aumento do uso da água ocorre pela necessidade de procedimentos de higiene mais rigorosos. Além disso, como as pessoas precisam ficar em casa, o consumo automaticamente aumenta, o que reduz a pressão na rede de abastecimento, principalmente nas áreas localizadas em cotas elevadas.
Equipes da CEDAE continuarão prestando atendimento e solicitações podem ser feitas pelo 0800-2821195.