O secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, fez uma live, nesta segunda (24), em uma rede social, sobre a situação da educação nos próximos meses com a quarentena no Rio. Segundo Pedro Fernandes, as aulas só voltarão após três ou seis meses, prazo esse que será estipulado pela Secretaria de Saúde, enquanto houver a pandemia de coronavírus.
"Infelizmente nós não temos ainda como dar uma previsão de quando as aulas presenciais voltarão. Isso só a Secretaria de Saúde que vai nos dizer. Da mesma forma que eles falaram que nós tínhamos que fechar por questão de segurança dos nossos alunos. Nós só retornaremos quando eles falarem que existe segurança para nossos profissionais e alunos voltarem para a sala de aula. Nós não temos como estabelecer e já foi anunciado, inclusive pelo nosso governador e secretário de Saúde, que, na melhor das hipóteses, isso durará, no mínimo, cerca de três meses e podendo durar em torno de seis meses. É muito difícil a gente estabelecer um prazo. Acho que a gente não tem que se limitar a isso nesse momento. Nós temos que viver um dia após o outro, esperando as orientações e as recomendações da Secretaria de Saúde e do gabinete de crise para tocar isso da melhor forma possível. A ideia é manter os 200 dias letivos, mesmo que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LBD) permita que, diante da pandemia do coronavírus, os estados terminem o ano letivo de 2020 com menos dias", disse Pedro Fernandes.
Ensino a distância na plataforma "Google Classroom" para escolas públicas e particulares
O secretário Pedro Fernandes revelou também que os alunos das instituições públicas e particulares deverão utilizar o ensino a distância na plataforma "Google Classroom" nesse período em que as aulas estão suspensas. A Secretaria de Educação fez uma parceria com a Google e, a partir da próxima segunda (30), os professores da rede estadual estarão dando aulas a distância para os estudantes. Aos profissionais da educação que não tiverem acesso à internet e equipamentos será disponibilizado um espaço nas escolas para que possam poder dar as aulas on-line. Já os alunos que não possuem uma forma de se conectar à internet deverão receber apostilas impressas em suas casas e poderão ter aulas de reforço quando as atividades retornarem.
Crise econômica e cestas básicas para alunos que recebem o Bolsa Família
A Secretaria Estadual de Educação informou também que os alunos cadastrados no Bolsa Família receberão uma cesta básica custeada pelo Governo do Estado para substituir as refeições servidas nas escolas.
"As direções dos colégios relacionarão esses estudantes para que a Seeduc viabilize recurso junto ao Governo do Estado para a alimentação dos jovens, uma vez que muitos têm, como refeição principal, a merenda servida nos colégios", declarou Pedro Fernandes.
A crise econômica pós-Covid-19 é outra preocupação do secretário de Educação que acrescentou que fará cortes em gastos devido à recessão financeira pós-quarentena e à queda do valor do petróleo pela crise entre Arábia Saudita e a Rússia. Os terceirizados, após um acordo entre o secretário e as empresas, continuarão à disposição das Unidades Escolares e órgãos vinculados da Secretaria.