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BRT carioca sofre com tiroteios e vandalismo

Consórcio BRT diz que gasta R$ 1,4 milhão por mês para repor danos causados por vândalos

Por Claudio Rangel em 30/07/2018 às 15:37:41

Estação Prefeito Alim Pedro permanece fechada ao público. (Foto: Claudio Rangel/Eu, Rio!)

A estação do BRT Prefeito Alim Pedro, do corredor Transoeste, permanece fechada sem previsão de funcionamento, segundo o consórcio que administra o serviço. A unidade é uma das que tiveram o funcionamento interrompido por conta do vandalismo. Outro problema é a violência urbana, que comumente obriga o fechamento de estações.

No último fim de semana, os moradores de Campo Grande ficaram sem ônibus em um bom trecho do bairro. O serviço de transportes através da linha 17, com veículos convencionais atendendo passageiros da Avenida Cesário de Melo, foi interrompido por conta dos tiroteios. O serviço só foi retomado na manhã do dia 30 de julho.

A linha 17 foi instituída como solução paliativa. Os ônibus articulados pararam de circular devido à ação dos vândalos, aos conflitos com frequentes tiroteios, à invasão de traficantes nas estações e o abandono do poder público quanto à segurança.

Estação Prefeito Alim Pedro

Todos os dias ocorrem depredações. Projetada para funcionar por 24 horas, a estação está em completo abandono. Portas quebradas, sujeira em seu interior e fechada ao público. Ela é uma das muitas estações que sofrem vandalismo no BRT Transoeste. Fica próximo à estação de trem de Campo Grande.

Em 2016, um vídeo do circuito interno de TV do Consórcio BRT flagrou a ação de vândalos roubando lâmpadas LED e cabos da estação, a despeito dos passageiros que ali aguardavam o ônibus.

De acordo com o Consórcio BRT, todas as estações já sofreram algum tipo de vandalismo. Dados divulgados pelo BRT indicam que, da frota de 440 ônibus articulados, quase a metade já foi depredada. O vandalismo atinge a 125 estações e 11 terminais. O valor gasto na recuperação das instalações ultrapassa R$ 1,4 milhão.

Outro problema é a evasão. O Consórcio informa que 70 mil passageiros entram no BRT sem pagar, pulando roletas ou acessando pelas aberturas em portas quebradas. A falta de conservação também afeta 125 km de corredores exclusivos.

Para solucionar o problema, o Consórcio BRT divulga que a solução só vai ser resolvida se for criada uma força policial para atuar em transporte público.

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