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Sandy & Junior, em casa, marcam live para terça (21/4)

Casas Bahia e Cielo unem forças no patrocínio de show da dupla, que provocou aglomerações na turnê de 30 anos

Por Cezar Faccioli em 18/04/2020 às 01:07:26

Caso sua internet fique lenta ou caia na noite de terça-feira, aumentando o tédio num feriado passado em casa muito a contragosto, contenha o impulso de ligar disposto a xingar a secretária eletrônica da operadora. A razão provável é um surto de nostalgia, provocado por artistas, que quer você goste ou não, voltaram a galvanizar multidões: Sandy & Júnior. Em casa por conta da necessidade de evitar a Covid-19, os irmãos prometem um desfile de hits contagiantes.

Esqueça o rebolado de Valesca Popozuda e seu pênis de borracha transformado em microfone, a multidão literalmente contagiante na garagem de Jorge & Matheus, a ginga de Léo Santtana para explicar as doações condicionadas a acessos em sua live a internautas enfurecidos (e sovinas...), o desabafo de Gusttavvo Llimma sobre o puxão do orelhas do Conar com sua dele live cervejeira. A partir de terça, 21/4, Corpus Christi de ruas vazias, a única procissão disponível vai ser de fãs de Sandy & Júnior.

Exagero? Farofada? Muito barulho por nada, como diria Shakespeare? Não invento, só aumento, como diria Nelson Rubens. Basta verificar os números da turnê 'Nossa História', que marcou o reencontro da dupla. A turnê de Sandy e Júnior teve a segunda maior bilheteria por show em 2019. No mundo, descrentes headbangers e DJ's de festa Anos 80, a saudade dos cabelos perdidos e a nostalgiacom os quilos ganhos atravessa gerações. Não são apenas os cinquentões e quarentões que sofrem de nostalgia musical retroativa, a perdoar o Ursinho Blau-Blau, Ligeiramente Grávida e 'Ela Foi Dar, Mamãe!', Não. Não se pode confiar, nesse aspecto, nem nos barbudos trintões ou quase fãs de Los Hermanos e seus sambas sem balanço e aspecto de permanente abandono pela namorada. Até eles cedem às recordações da infância. Mesmo que sob a forma de baladas açucaradas ou apelos para pular, pular e pular.

Os números de pico de pandemia na Itália, mamma mia, não mentem: ranking da Pollstar, empresa especializada no mercado de shows em todo o planeta, não deixou por menos: a dupla de filhos de Chitãozinho arrecadou US$ 2,26 milhões por shows (cerca de R$ 9,36 milhões). O número considera a renda média por apresentação. Sandy e Júnior ficaram atrás apenas de Elton John, aquele do RocketMan.

Engula, velho roqueiro. E aguarde uma cinebiografia com a mesma direção de Aquaria, que quase afunda a carreira da dupla em uma confusa mas profética fama sobre um planeta às voltas com a falta d'água, salvo do naufrágio pelo sucesso de 'Lenda'.


"Nossa História" marcou o reencontro dos irmãos no palco para comemorar 30 anos carreira em 16 shows no Brasil, um nos Estados Unidos e outro em Portugal. O Top 20 Gobal de Turnês mostra a média de bilheteria por show e o preço médio dos ingressos.

A lista da Pollstar é baseada em informações que, segundo a empresa, são fornecidas pelos produtores das turnês e pelos donos de ginásios e estádios.A assessoria da Live Nation, produtora da turnê, não quis confirmar as cifras divulgadas no ranking.

Por ser uma turnê curta, ela não deve aparecer em listas de lucro total. Em agosto, Ed Sheeran se tornou o dono da turnê mais lucrativa da história, passando o U2. Foram mais de mais de R$ 3,2 bilhões arrecadados em 30 meses. Se serve de consolo, na terra do Clash, The Smiths, Led Zeppelin, Eric Clapton, Rolling Stones, uns tais de Beatles, sim, o recorde de público em uma turnê também é do pop açucarado.

Ranking da Pollstar (bilheteria média; preço médio de ingresso)

1- Elton John: U$ 2.870.863; U$ 130,86.

2- Sandy & Junior: U$ 2.260.403; U$ 54,38.

3- Phil Collins: U$ 2.145.965; U$ 144,69.

4- Guns N" Roses; U$ 2.003.111; U$ 127,13.

5- Muse; U$ 1.921.982; U$ 85,11.

6- Post Malone; U$ 1.913.809; U$ 116,49.

7- Ariana Grande; U$ 1.869.662; U$ 93,54.

8- Jonas Brothers; U$ 1.700.530; U$ 104,72.

9- Hugh Jackman; U$ 1.691.200; U$ 83,50.

10- Tool; U$ 1.528.054; U$ 103,77.

O Dicionário Cravo Albin, atento e sem preconceitos, registra o sucesso da dupla, que estreou no Som Brasil no distante 1989, um ano depois de o Vasco derrotar o Flamengo em uma final pela última vez." Em 2019, doze anos após a separação da dupla rfesolveram realizar uma turnê comemorativa da trajetória da dupla e intitulada "Nossa História". Com shows nas cidades de Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Manaus e Belém. Segundo as informações dadas pelos artistas a turnê não significou a volta da dupla, mas apenas uma celebração. Nos shows não foram interpretadas músicas novas mas apenas revisitadas as músicas de carreira.

O anúncio do retorno da dupla para a realização da turnê "Nossa História" fez aumentar a procura de produtos deles como CDs e DVDs com seus grandes sucessos. Em novembro de 2019, ao final da turnê nacional, o jornal O Globo publicou a seguinte nota: "A turnê dos 30 anos de carreira de Sandy e Junior foi a responsável pelo maior projeto de merchandising da história da Universal Music. Ao longo dos quatro meses de shows assistidos por 600 mil pessoas - 16 no Brasil, um em Portugal e outros nos EUA - foram cerca de 200 mil itens vendidos, entre CDs, copos, camisas, canecas, bonés, moletons, etc".

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