Primeiro hospital estadual de campanha abrirá uma semana antes

Construído em 19 dias (a obra foi iniciada no dia 6 de abril), o Hospital de Campanha Lagoa Barra abrirá suas portas nesse sábado, 25 de abril, de forma escalonada. Dada a urgente necessidade de novos leitos, num momento em que o Grande Rio registra 90% de ocupação nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), houve a antecipação em uma semana do prazo originalmente previsto. A nota enviada à imprensa pelos grupos privados que financiaram a construção destaca o esforço operacional das equipes envolvidas (áreas médica, de operação, recursos humanos, engenharia, suprimentos, clínica, finanças, jurídica, de expansão, entre outras). Assim, entrarão em funcionamento antecipado 30 leitos, sendo 10 de UTI e 20 de enfermaria.

O anúncio da antecipação coincide com a admissão pelo governador Wilson Witzel da possibilidade de flexibilizar o distanciamento social, caso 30% dos leitos de UTI da rede do Sistema Único de Saúde estejam disponíveis. Na quinta-feira, depois de reunião por videoconferência com epidemiologistas, Witzel condicionara a retomada do funcionamento do comércio e da maior parte das atividades econômicas à redução do ritmo de crescimento das mortes pela Covid-19 e a entrada em funcionamento dos hospitais de campanha, previstos para oferecer dois mil leitos, sendo 30% de UTI.

Com 200 leitos no total, sendo 100 de UTI, o hospital estará voltado exclusivamente para atender pacientes do SUS, vítimas da Covid-19, que serão encaminhados pela Secretaria Estadual de Saúde. Localizado em um terreno do governo do Estado ao lado do 23º Batalhão da Polícia Militar, na autoestrada Lagoa-Barra, o hospital conta com tomografia digital, radiologia convencional, aparelhos de ultrassom e ecocardiograma e laboratório de patologia clínica, e funcionará por 4 meses, durante o período mais grave da pandemia.

A Rede D'Or lidera a construção e operação do Hospital, sendo que os profissionais de saúde são todos da empresa. O investimento total é de R$ 45 milhões provenientes exclusivamente da iniciativa privada. A Rede D'Or está arcando com R$ 25 milhões e R$ 20 milhões estão sendo custeados pela Bradesco Seguros, Lojas Americanas, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e Banco Safra em partes iguais. A iniciativa está gerando mais de 1000 empregos diretos e indiretos.