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Lucas Di Grassi anuncia corridas entre carros autônomos e pilotos lado a lado

Ex-piloto de Fórmula 1 investe na evolução tecnológica dos automóveis.

Por Cláudio Rangel em 04/08/2018 às 10:07:12

Robocar – Primeiro carro de corridas totalmente autônomo (Divulgação)

Uma disputa mundial envolvendo carros com inteligência artificial e pilotos humanos. É o que prepara o piloto Lucas Di Grassi para 2019, CEO da Roborace que divulgou a iniciativa durante o XXVI Simpósio de Engenharia Automotiva realizado em 1º de agosto, em São Paulo. Na ocasião, Di Grassi também anunciou a realização do Prêmio ACE – Futuro da Mobilidade, que tem como objetivo incentivar o empreendedorismo acadêmico e empresarial.

Di Grassi disse em sua palestra que o campeonato já está atraindo a atenção da indústria automobilística antes mesmo de ser iniciado:

“As pessoas no Brasil costumam imaginar os carros autônomos como um futuro distante. Mas no ano que vem, com a Roborace, elas verão que esse futuro já chegou”, disse.

O piloto é um dos criadores do Campeonato Mundial de Fórmula E, com carros elétricos. Em quatro anos de criação, a competição já reúne mais montadoras que a Fórmula 1, Fórmula Indy e a Nascar juntas:

“A ideia do Prêmio ACE é trazer essa noção mais para perto dos jovens, sejam eles ainda estudantes ou já empreendedores de startups”, disse.

Prêmio incentiva brasileiros

Em relação ao Prêmio ACE – Futuro da Mobilidade, Di Grassi explica que o objetivo é premiar o melhor trabalho acadêmico em três linhas temáticas: mobilidade autônoma, conectada e elétrica. Também contemplará a startup mais inovadora, além de conceder o Troféu Clean Air para trabalhos que se destaquem em questões de meio ambiente ligadas à mobilidade.

“Nossa intenção, além de valorizar as iniciativas que já existem em relação ao futuro da mobilidade, é chamar a atenção do meio acadêmico para a necessidade da formação de profissionais preparados para os próximos estágios da indústria neste setor. Embora este seja um campo que evolui e oferece oportunidades interessantes para jovens inteligentes e ambiciosos, o Brasil tem déficit na formação deste tipo de profissional. Talvez com isso possamos descobrir novos talentos e facilitar sua entrada no mercado de trabalho. Acredito que nunca o talento profissional tenha sido tão valorizado como acontece agora, em grande medida pela revolução gerada pelas novas tecnologias. E nossa ideia é contribuir para a descoberta desses jovens promissores o quanto antes”, destaca o CEO.

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