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Ministério Público Federal investiga vazamento na Operação Furna da Onça em favor de Flávio Bolsonaro

Procurador da República requer à Justiça desarquivamento de inquérito sobre passagem de informações privilegiadas pela Polícia FederalF

Por Portal Eu, Rio! em 18/05/2020 às 21:09:50

Paulo Marinho, terceiro da esquerda para a adireita na foto em depoimento à CPMI das Fake News, será primeiro a ser ouvido pelo MPF em inquérito sobre vazamento Foto Agência Câmara

O Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento investigatório criminal (PIC) para apurar supostos vazamentos da Policia Federal na Operação Furna da Onça, deflagrada em 2018. Para instruir o PIC, o MPF irá ouvir o empresário Paulo Marinho. Também será requisitada segurança dele antes e depois da oitiva.

Além disso, o MPF requer à Justiça Federal o desarquivamento de inquérito policial (IPL) que apurou, à época, suspeitas de que informações privilegiadas foram vazadas. Na época, o caso foi arquivado após a própria PF ter relatado sem evidências de crime o IPL.

Ao justificar o desarquivamento, o procurador da República Eduardo Benones argumenta que "há notícias de novas provas que demandam atividade investigatória". O procurador refere-se declarações prestadas pelo empresário Paulo Marinho em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, no último fim de semana.

De acordo com a entrevista, Marinho afirmou que Flávio Bolsonaro, então deputado estadual, teria conhecimento prévio da operação e informações sobre movimentação atípica nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do parlamentar, que apontavam para a denominada "rachadinha", ou seja a retenção indevida, por assessores, de parte das gratificações recebidas por outros funcionários de gabinetes da própria Assembleia.

"As investigações do controle externo visam descobrir se policiais federais vazaram informações sigilosas para privilegiar quem quer que seja. Caso fique comprovado qualquer vazamento, mesmo uma simples informações, os policiais responsáveis podem ser presos e até perder o cargo por improbidade", afirma o Coordenador do Controle Externo da Atividade Policial do MPF/RJ.



Fonte: Site do Ministério Público Federal

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